Falar sobre censura das redes sociais a pautas conservadoras é um assunto recorrente, mas o YouTube surpreendeu ao rebaixar os vídeos contrários ao aborto em seus resultados de busca após reclamações de ativistas.
April Glaser, que escreve para a revista Slate, fez uma crítica sobre a gigante da mídia online depois que perceber que os principais resultados de busca por “aborto” no YouTube eram de vídeos pró-vida. Ela descreveu o material como uma “mistura horripilante de desinformação e imagens perigosas”. Argumentava também que a busca no Google, empresa controladora do YouTube, mostrava resultados bem diferentes.
Surpreendentemente, o YouTube respondeu modificando seu algoritmo e “empurrando” para cima vídeos pró-aborto. Entre os vídeos que perderam espaço estão testemunhos de uma ex-abortista sobre as formas violentas e horripilantes de abortar bebês não nascidos, além de vídeos mostrando o procedimento de aborto e um vídeo do autor conservador Ben Shapiro defendendo a posição pró-vida.
Esses vídeos eram extremamente populares, cada um tinha milhões de visualizações, mas “o YouTube mudou os resultados depois que eu reclamei”, garantiu Glaser. Em um novo artigo, ela comparou a mudança nos resultados das pesquisas.
Agora, pessoas que digitam “aborto” em seu mecanismo de busca verão vídeos pró-aborto no topo, incluindo histórias de mulheres se orgulhando de terem interrompidos a gravidez.
No Brasil, entre os 20 primeiros resultados na busca pelo termo, apenas 4 são contrários ao aborto. A ordem não
se baseia no número de acessos.
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