Uma pesquisa realizada pelo “Centro de Experiência Extra-Corporal” (Out-Of-Body Experience Research Center) de Los Angeles, com trinta voluntários, conseguiu provocar sonhos lúcidos em metade dos voluntários.
Com base nessa experiência, os pesquisadores afirmaram que os encontros e visões com anjos, relatados na Bíblia, eram na verdade, sonhos em estado de lucidez. O jornal MSNBC publicou o relatório da pesquisa que afirma que essas experiências são artificiais: “produtos espontâneos de sonhos lúcidos”.
Durante a fase de pesquisa, os voluntários foram orientados a cumprirem uma serie de passos mentais no momento em que despertavam pela manhã, de foram a obter um sonho lúcido durante a noite, o que poderia proporcionar experiências fora do corpo e até encontros com anjos.
A metodologia dos pesquisadores incluiu instruções para que os voluntários recriassem a história de Elias e seu encontro com um anjo, que o acorda e oferece alimento, após Elias ter fugido para o deserto. Após comer a refeição oferecida pelo anjo, Elias volta a dormir. O pesquisador chefe, Michael Raduga explica que a escolha por esse evento específico para ser tema da pesquisa, aconteceu devido ao fato de envolver uma visão religiosa noturna, e “em termos de resultados verificáveis, os anjos formam a escolha ideal, já que a cultura ocidental oferece uma imagem relativamente bem estabelecida para os voluntários (asas, roupas brancas, halos, etc)”.
Porém, um especialista em sonhos lembrou que algumas experiências de encontros com anjos relatadas na Bíblia ocorreram durante o dia, e isso sugeriria que não poderiam tratar-se de sonhos.
Há outros relatos de pesquisadores que afirmaram que encontros com anjos eram na verdade sonhos em estado de lucidez parcial. Allan Hobson, autor de vários livros sobre neurociência e professor emérito de psiquiatria da Universidade de Harvard afirmou que o conceito de que os encontros religiosos eram na realidade sonhos vividos não é novidade: “William James, o grande filósofo e tolerante psicólogo, escreveu um livro em 1912 intitulado ‘As variedades da experiência religiosa’ na qual afirmou que as visões eram provavelmente, aparições em sonho”, afirmou Allan, de acordo com o Portal Padom.
A pscóloga Brigitte Holzinger, do Instituto para a Consciência e Investigação dos Sonhos, ressaltou que os “encontros das histórias bíblicas que aconteceram durante o dia, provavelmente não foram sonhos. O que aprendemos com isto, é que precisamos de uma melhor definição para sonhos lúcidos, e com base nesta definição, teremos que distinguir os sonhos lúcidos e outras formas de transe, visões e talvez ate mesmo alucinações”, afirmou Brigitte.
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