Um painel independente norte-americano sobre liberdade religiosa expressou preocupação com a crescente militância islâmica e a violência contra as minorias de Bangladesh.
Felice Gaer, presidente da Comissão Norte-Americana sobre Liberdade Religiosa Internacional, uma agência federal bipartidária, advertiu que embora Bangladesh pudesse ser um modelo para outras democracias emergentes com população de maioria muçulmana, "esse modelo está em perigo".
Ela chamou a atenção para a "crescente militância islâmica e a falha em processar os responsáveis por atos violentos praticados contra indivíduos, organizações e empresas entendidos como 'não islâmicos'.
Eleições com vítimas
Em um relatório apresentado na terça-feira, 17, a comissão insistiu que a administração do presidente George W. Bush deve assegurar que o governo que dirige Bangladesh até as eleições de janeiro tenha poder militar e outros poderes para evitar a violência.
O relatório também pede que a capital, Dhaka, assegure medidas para promover os direitos humanos universais, incluindo a liberdade religiosa. A última eleição, em outubro de 2001, foi marcada pela violência e muitas das vítimas eram hindus, a mais representativa minoria religiosa de Bangladesh.
Pela primeira vez a eleição foi vencida por uma aliança que incluía partidos religiosos. Um deles era o Jammat-e-Islami Bangladesh, um partido que defende abertamente o estabelecimento de um estado islâmico em Bangladesh, com um sistema legal baseado na lei islâmica sharia.
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