“Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de um macho e de uma fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante vós, é o mais justo no meio de vós.” Sura 49.13
Como ser justo? Como ser honrado? O como ser diferente é grandemente ensinado no período do Ramadã. Durante trinta dias, muçulmanos fervorosos dedicam-se a cumprir um jejum que proíbe alimentos e bebida durante o dia.
À noite, eles compartilham um tempo de comunhão quebrando o jejum. Alguns muçulmanos jejuam todas as segundas e quintas-feiras ao longo do ano. Mas cada dia que se jejua durante o Ramadã vale por dez dias de jejum de qualquer outra época.
Como o Ramadã dura 30 dias, o tempo de jejum equivale a 300 dias – somente nesse mês.
O calendário muçulmano é de 354 dias. Alguns mais devotos jejuam outros seis dias, totalizando 36 de jejum, que equivalem a 360 dias no ano, seis a mais do que o calendário oficial. (Você pode conhecer mais deste fato no livro “Cristãos Secretos” – escrito por Al Janssen em parceria com Irmão André.)
Mas qual é o propósito desse jejum? É mera religiosidade? Não. A idéia não é apenas você deixar de comer e beber. E nesse sentido temos muito que aprender com o Ramadã. O intuito é deixar de fazer mal aos outros, não olhar as pessoas com inveja, não maldizer ou ferir as pessoas com as palavras, atitudes ou agressões físicas. Para os muçulmanos, assim como para os cristãos, o grande significado do jejum é espiritual. Diz respeito à maneira como você trata as pessoas. O jejum conscientiza o muçulmano de sua responsabilidade para com o próximo. Será que isto tem algo a ver com o cristianismo?
Piedade. Essa é palavra que mais se ajusta ao sentido verdadeiro do Ramadã. Será que ela tem algo em comum conosco? Lembre-se das palavras do profeta Isaías no capítulo 58, do verso 6 ao 9a: “Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com os famintos, e recolhas em casa os pobres desabrigados e, se vires o nu, o cubras e não te escondas do teu semelhante? Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda; então, clamarás e o Senhor te responderá”.
Será que temos nos esforçado o suficiente para cumprir essa palavra? O povo de Israel buscava ao Senhor, jejuava, mas sem amar primeiro ao próximo. Devemos aprender a ser tão disciplinados como os muçulmanos devotos que cumprem à risca o jejum durante o Ramadã.
Que possamos, assim como eles, entender o sentido espiritual e o sentido prático de piedade e compaixão que o jejum contém. A minha oração é que Deus desperte a sua Igreja para realizar, pela fé, tanto o privilégio espiritual de se separar e buscar ao Senhor quanto o de manifestar o amor de Cristo através de atitudes para com o próximo.
Autoria: Homero S. Chagas
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