O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo, durante o conselho de ministros “que concordava em incluir na lista de bens dos Estado o Túmulo de Raquel e a Gruta dos Patriarcas”, declarou à AFP seu porta-voz Mark Regev. Netanyahu deseja inscrever dois locais da História santa, em Belém e Hebron (Cisjordânia), considerados fontes de tensão político-religiosa, ao patrimônio de Israel.
O Túmulo de Raquel fica na entrada de Belém, perto de Jerusalém, e o Túmulo dos Patriarcas, em Hebron, no sul da Cisjordânia ocupada.
O anúncio, altamente simbólico, foi aplaudido pelo conselho dos assentamentos judeus na Judeia-Samaria (nome bíblico da Cisjordânia) e pelo grupo de pressão pró-colonização na Knesset (Parlamento).
O Túmulo de Raquel onde, segundo a tradição, está enterrada a matriarca bíblica, é um lugar de culto judeu.
A Gruta dos Patriarcas (da Bíblia) em Hebron – ou Mesquita de Ibrahim (nome muçulmano de Abraão) para o Islã – é local santo judeu e muçulmano.
Devido a tensões entre palestinos e israelenses, a Gruta dos Patriarcas está dividida em duas partes – uma para os fiéis muçulmanos e outra para os peregrinos judeus, desde o massacre de 29 fiéis palestinos num recanto de orações por um colono israelense em 25 de fevereiro de 1994.
O governo israelense dedicou domingo um orçamento de mais de 100 milhões de dólares para preservar 150 sítios históricos de Israel.
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