A sessão do julgamento do cristão de etnia uigur Alimujiang Yimiti, que corre o risco de ser condenado à morte, ocorrida no último dia 27 de maio, durou seis horas e meia.
A Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês) informou que ele recebeu permissão para ter representação legal de dois advogados. Entretanto a esposa dele, Gulnur Nuergul, foi proibida de entrar na sala do tribunal bem como os jornalistas presentes. O governo alegou que a proibição se deu devido à sensibilidade do caso.
Alimujiang Yimiti é acusado de separatismo e espionagem para estrangeiros. A punição para esses delitos é a pena de morte. Ele nega as acusações ( relembre como tudo começou).
Por volta das 19h30, o Tribunal de Kashi decidiu enviar o caso para a Agência de Segurança Pública, de onde veio originalmente, devido a "evidências insuficientes" contra o acusado.
Na segunda-feira uma delegação norte-americana liderada pelo assistente de Estado, David Kramer, esteve em Pequim para dialogar com o governo chinês em favor de garantias justas para o julgamento de Alimujiang Yimiti.
Esposa agradece orações
Em um encontro ontem pela manhã com o presidente da CAA, Bob Fu, a esposa de Alimujiang Yimiti voltou a declarar a inocência do marido, explicando que ele é um trabalhador agrícola e que não tem nenhum tipo de contatos secretos, nem mesmo relação com atividades separatistas.
Ela pediu que o marido seja libertado logo e contou que a filha de dois anos aponta todos os dias para a foto do pai e conta para as visitas que o pai dela está ocupado comprando carrinhos de brinquedo para ela, e que voltará logo.
Gulnur Nuergul agradeceu muito a todas as pessoas ao redor do mundo pelo apoio ininterrupto em orações que a estão fortalecendo neste tempo difícil ( leia os pedidos).
Não é a primeira vez que o governo usa a questão separatista para querer incriminar cristãos ( veja outro caso).
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