A mãe de uma adolescente de 14 anos, que morreu na queda do teto da igreja Renascer, em São Paulo, pediu na Justiça uma indenização de R$ 1,37 milhão por sua morte. Segundo o Tribunal de Justiça, a ação foi protocolada nesta tarde. A igreja não foi encontrada para comentar.
O teto do templo da Renascer, localizado no bairro do Cambuci região central de São Paulo ruiu e caiu em cima de fiéis no dia 18 de janeiro deste ano, matando nove mulheres e ferindo mais de cem pessoas.
Ainda de acordo com o TJ, a autora da ação é Elaine Lacerda do Nascimento Uchoa de Britto, mãe de Gabriela Lacerda do Nascimento Uchoa Britto, 14 anos, que morreu na tragédia.
A mãe afirma na ação que teve danos morais pelo abalo emocional sofrido por ela em relação ao tratamento que recebeu da igreja logo após a morte da filha.
Fonte: Terra / Gospel+
Via: Notícias Cristãs
Três meses após tragédia que matou 9 na Renascer, casas atingidas não foram reformadas.
Passados três meses, proprietários e moradores de imóveis atingidos pelo desabamento do teto da igreja Renascer, na região do Cambuci, no centro de São Paulo, ainda não tiveram os seus imóveis reformados. No dia 18 de janeiro deste ano o desabamento do teto matou nove pessoas e deixou mais de cem feridas.
A última pessoa que continuava internada, o empresário Fábio Jodas de Oliveira, 27, recebeu alta médica e voltou a trabalhar na última segunda-feira (13). Jodas ficou 24 dias em coma e os médicos chegaram a anunciar à família que ele tinha apenas 1% de chance de sair vivo. Ele disse que antes do teto ruir um recado foi transmitido pelo telão.
Até agora ninguém foi responsabilizado pela tragédia e não se sabe ao certo o que provocou a queda do teto. O IC (Instituto de Criminalística) informou nesta sexta-feira que materiais coletados no interior do prédio ainda estão em análise em laboratórios e não há um prazo para o laudo final. No dia 17 de fevereiro deste ano a polícia pediu mais prazo à Justiça para apurar o que ocorreu.
Sem acordo
Apesar de não terem as suas casas reformadas, os vizinhos do prédio que tiveram partes de suas casas atingidas –na maioria edículas que ficavam nos fundos das residências– já retornaram para suas casas.
O último a voltar foi o representante comercial Marassoré Roberto Moregola, 67, no dia 9 (quinta-feira anterior à Páscoa). Ele afirma que advogados que representam a igreja chegaram a procurá-lo para que a área atingida –uma edícula que funcionava como um misto de escritório e depósito da casa– fosse limpa, o que ele recusou.
O fato de ter ficado fora de sua casa lhe provocou prejuízos profissionais e financeiros. Como não dispõe do escritório e telefone fixo para desempenhar suas funções ele afirma que o gasto de celular que era de R$ 100 em média por mês passou a R$ 400 nos últimos três meses. Ele afirma que não tem como lavar a roupa, uma vez que a máquina foi destruída por pedaços do teto que desabou e que recorrerá à Justiça para ter os seus prejuízos ressarcidos. “Na prática não fizeram nada e tudo continua como está”, afirmou o representante comercial.
Gilberto Amatuzzi, presidente da Associação de Preservação de Cambuci e Vila Deodoro, afirma que o abaixo-assinado para evitar que a denominação volte a construir um novo templo no terreno já conta com 3.000 assinaturas. “A vizinhança está vivendo um momento de sossego. Vamos continuar lutando para que desapropriem [o prédio] e que possam reconstruí-lo da melhor forma possível, mas não aqui”, afirmou.
Outro lado
A Renascer informou que nenhum dos imóveis atingidos foi reformado e culpou os próprios moradores e proprietários.
A igreja informou que uma empresa especializada em reformas foi contratada há cerca de um mês mas não obteve autorização dos proprietários para realização dos serviços.
“Infelizmente, alguns moradores têm buscado interpor, de forma desnecessária, e incompreensível para quem gostaria de ter sua casa reformada, uma série de empecilhos”, afirmou, sem citar o que seriam tais empecilhos.
Ainda segundo a denominação, a partir do momento que obter autorização, a empresa poderá realizar a reforma em até 15 dias a partir de seu início.
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