Hoje candidato pelo PDT à presidência, Ciro Gomes já manifestou sua contrariedade ao crescimento dos evangélicos. Em 2016, durante uma entrevista à revista Piauí, tentando explicar o que é neopentecostalismo afirmou que seus membros “pagam pelo pertencimento”.
Ignorando qualquer aspecto espiritual, reduziu-o a um “fenômeno que conhece a debilidade psicológica” das pessoas – em especial os mais pobres – e cresce “no buraco deixado pelo Estado”.
Já pré-candidato, fez declarações em março desse ano que tiveram grande repercussão. “Eu desconfio que serão as eleições mais fraudadas da história do país e vai ser muito facilitado por quem circula com grandes quantidades de dinheiro em espécie. Por exemplo, igrejas e narcotráfico, que estão praticamente se explicitando sobre a mesa”, avaliou.
A comparação de Ciro das igrejas evangélicas com traficantes pegou muito mal. Nos últimos dias, ressurgiu nas redes sociais uma “resposta” a esse tipo de acusação, feita pelo pastor Armando Bispo, da Igreja Batista Central de Fortaleza.
“Quero registrar o meu outdoor para um indivíduo que abriu a boca em algum lugar… anos atrás nossa propriedade foi vizinha ao então Ciro Gomes… Nós tivemos a oportunidade para ministrar a vida daquela família de uma forma direta e uma forma indireta”, conta Bispo, que lidera uma das maiores igrejas do Ceará.
“Esse mesmo homem abre a boca para comparar igreja evangélica com o tráfico. Só que eu preciso dizer para ele: Senhor Ciro Gomes e seus amigos, eu tenho mais medo de políticos sem alma e sem coração, de político corrupto que busca sua reeleição apenas para se manter no poder e não para beneficiar o povo do que tenho medo dos traficantes”, assegurou.
Lembrando que sua igreja “jamais pediu algo” para políticos, lembrou que, pelo contrário, quando foi chamada para ajudar a resolver a situação dos presidiários que ameaçavam rebelião por não ter colchões para dormir, a IBC doou mil colchões
Após listar uma série de ações que realizou em benefício da comunidade, fez questão de frisar que sua queixa pela fala do ex-governador não tinha motivação política. “Nós, como igreja de Jesus não temos partido, não temos preferência, não somos oposição nem situação, nós vamos com a arma do amor, amar você, Ciro, e amar o traficante”, insistiu
Finalizou fazendo uma reflexão: “Parece que na boca dessa impiedade do tráfico há muito mais respeito pela religiosidade do povo que a gente vê na boca desses indivíduos”.
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