A pesquisa enfoca a “Proposta pastoral para jovens dependentes do crack no contexto pentecostal urbano da Guatemala, a partir da teologia latino-americana da libertação”.

Roman López mencionou sua motivação pessoal pelo tema, apresentando o trabalho que realizou com a juventude em anos anteriores.

Também destacou o interesse acadêmico pela temática, por considerar os jovens como sujeitos sociais e como lugar teológico. A proposta de López é prática na medida em que analisa o diálogo entre a igreja pentecostal e os jovens em risco ou dependentes de psicotrópicos.

O pesquisador enfatizou a necessidade de definir os termos. A palavra “droga” é utilizada como expressão popular e “substâncias psicotrópicas” é o termo aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Este também é o termo utilizado por Román em sua pesquisa. Ele esclareceu que “as substância psicotrópicas têm a capacidade de alterar as funções do sistema nervoso central. São substâncias que podem provocar tanto dependência física como dependência psicológica, ou ambas”.

O palestrante também esclareceu a respeito dos critérios utilizados para agrupar tais substâncias em legais e ilegais. As substâncias psicotrópicas legais estão dividas em receitadas e não-receitadas.

Román comentou que é normal e comum o uso de alguns psicotrópicos. “Entre os não-receitados estão o álcool, o café, o fumo e os inalantes, enquanto as substâncias receitadas são os medicamentos, as anfetaminas e os barbitúricos”, comparou.

O pesquisador esclareceu a importância de conhecer o significado dos termos “dependência” e “vício”. Na Guatemala, por exemplo, o termo ‘vício’ relaciona-se ou se associa a abuso, violência, criminalidade, pobreza, miséria e morte. O correto é considerar que são dependentes”, afirmou.

Sobre o aspecto teológico, o palestrante assinalou a importância de “considerar o jovem em risco como sujeito em sua dignidade humana, que é uma condição social e teológica.”