Na história da Igreja Católica brasileira existe uma extensa ligação com movimentos políticos e sociais, que passam pela fundação do Partido dos Trabalhadores e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Em entrevista ao Estadão, o teólogo e escritor Fernando Altemeyer Junior, chefe do Departamento de Ciência da Religião da PUC São Paulo, fez uma série de críticas veladas a Jair Bolsonaro e aos cristãos que o apoiam.
Para Altemeyer, “Só do lado do crucificado é que a Igreja pode estar. Ela tem que ajudar a arrancar os crucificados da cruz”. Ele diz que hoje eles seriam os “jovens com HIV”, “indígenas”, “povo negro” e “as periferias”.
Também ressalta que “as igrejas [católicas] são radicalmente contra todo uso de armas… O papa Francisco agora deixou claro que essa indústria de armas norte-americana que financia o (Donald) Trump – e agora a brasileira, que financia o (Jair) Bolsonaro – é anticristã. A Igreja não tem nada a dizer quanto às armas senão um gigantesco “não”.
Entusiasta do ecumenismo, o teólogo brasileiro surpreende ao dizer: “Tenho amigos que são sheiks islâmicos e dizem que esse é o papa dos islâmicos”. Afirmou ainda que “Se as pessoas compreendessem a beleza do candomblé, a força da umbanda, nunca os destruiriam. Fariam alianças, pactos, soma. É religião de paz, de festa, de cuidado. É uma coisa dramática que católicos mal orientados ataquem os terreiros”.
Porém, não tem a mesma perspectiva ao falar dos evangélicos, que ele ignora serem 30% da população brasileira e terem pontos de vista distintos das dele. Distorcendo o que afirmou a futura ministra dos Direitos Humanos, disparou: “Se alguém se apropria do Estado e diz que a sua religião vai governar – a ministra (Damares Alves) acabou de falar isso –, é uma escolha infeliz”.
Com um discurso bastante politizado, Altemeyer acusa o regime comunista de “inumano”, mas também critica o capitalismo. “O comunismo nega a liberdade humana. De fato, a Igreja é anticomunista. Mas o pensamento católico é também anticapitalista”. O estudioso não cita nomes, mas reverbera as acusações comuns durante a campanha eleitoral deste ano, que classifica Bolsonaro de ser um “fascista”.
“O problema é que uma parte dos que estão defendendo o fascismo na Europa e no Brasil se dizem cristãos. É um paradoxo. Acham que ser fascista é ser cristão. Ser fascista é ficar do lado de Pôncio Pilatos, é anticristão total”, encerra.
Deixe seu Comentário abaixo:
O Seminário Gospel oferece cursos livres de confissão religiosa cristã que são totalmente à distância, você estuda em casa, são livres de heresias e doutrinas antibiblicas, sem vinculo com o MEC, são monitorados por Igrejas, Pastores e Teólogos de Grandes Ministérios totalmente baseado na Santa Palavra de Deus, ao final você recebe DOCUMENTAÇÃO INTERNACIONAL valida no âmbito religioso.