O grupo talibã do Paquistão cometeu um ato de terror contra uma escola em Peshawar, no norte do país. Extremistas islâmicos invadiram o local e mataram a tiros 148 pessoas. Outras 131 ficaram feridas.
A maioria das vítimas foi crianças, de acordo com informações das agências internacionais. Peshawar é uma cidade considerada violenta, e fica próxima à fronteira com o Afeganistão.
“Escolhemos a escola do Exército para o ataque porque o governo está alvejando nossas famílias e mulheres. Queremos que eles sintam a dor”, disse o porta-voz do Taliban Muhammad Umar Khorasani, ao assumir a autoria do ataque.
O massacre protagonizado pelos radicais foi condenado inclusive por outros grupos de extremistas muçulmanos: “O Estado Islâmico do Afeganistão expressa sua tristeza pelo incidente e oferece suas condolências às famílias das crianças assassinadas”, disse Zabihullah Mujahid, representante dos extremistas no país vizinho.
“O massacre proposital de pessoas inocentes, mulheres e crianças vai contra os princípios do islã e estes princípios devem ser considerados e levados em conta por cada muçulmano”, acrescentou.
O governo do Paquistão se manifestou sobre o ataque e disse que providências serão tomadas: “Eu não posso ficar recuado em Islamabad. Essa é uma tragédia nacional, provocada por selvagens. Essas eram minhas crianças. Essa perda é minha. Esta é uma perda da nação. Estou indo para Peshawar agora e vou supervisionar a operação pessoalmente”, afirmou Nawz Sharif, primeiro-ministro do país.
De acordo com informações do G1, ataques do talibã contra crianças são raros no Paquistão. O grupo luta para derrubar o governo e estabelecer um regime baseado em suas interpretações do islamismo.
Em setembro do ano passado, o talibã realizou um ataque contra uma igreja em Peshawar. Na ocasião, o massacre terminou com a morte de dezenas de pessoas, incluindo crianças.
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