A polícia entregou uma acusação para um tribunal regional que acusa duas pessoas de estuprarem Elina Das, filha de um pastor no vilarejo de Laksmipur, disse um advogado de acusação do Estado.
Sayed Tariqul Islam disse ao Compass que a policia entregou uma acusação em 7 de setembro, baseada em uma longa investigação seguida de teste de DNA que teve resultado positivo. O pastor Motilal Das, que há muito tempo recebia ameaças dos moradores insatisfeitos com seu sucesso como evangelista, disse que um grupo de moradores locais estuprou sua filha de 13 anos em uma tentativa de afastá-lo da região.
O advogado de acusação do estado disse que Shakil Ahmed Shebul e Dulal Miah são acusados de estuprar Elina Das, às 3 da manhã no dia 2 de maio. Se condenados, eles receberão a sentença de prisão perpétua.
“O exame de DNA é tudo que prova que são culpados e espero que eles sejam punidos com prisão perpétua”, disse Sayed.
Um grupo de médicos havia apresentado um falso teste judicial que não indicava a evidência de assédio sexual. Os moradores de Laksmipur, no subdistrito de Fulbaria a 120 quilômetros a norte da capital, acreditam que os parentes dos acusados pagaram ao Departamento Forense do Hospital de Mymensingh para forjar o falso resultado do teste.
O pastor Das disse que parentes dos estupradores ofereceram-lhe uma alta quantia de dinheiro para retirar o caso ou chegar a um acordo fora dos tribunais – enquanto continuavam ameaçando-o.
Ele encontrou sua filha caída inconsciente em frente à sua casa na manhã de 2 de maio, depois de cinco homens do distrito de Mymensingh tê-la estuprado.
A acusação enviada pela polícia e o resultado positivo do teste de DNA atestou que as roupas da menina estavam rasgadas e marcadas com o sêmen de Shakil, um vizinho próximo do Pastor Das. Ele solicitou pagar fiança dia 29 de setembro, mas a corte rejeitou seu pedido, disse Sayed.
Dulal continua livre. O inspetor local da polícia, Tarapod Shikder, disse ao Compass que incansáveis esforços estão em andamento para prendê-lo.
O pastor Das relatou ao Compass que estava desanimado pelo fato de a acusação não requerer que Shakil fosse levado sob detenção preventiva pela polícia para interrogação. “Se ele fosse mantido sob detenção preventiva, a polícia conseguiria mais informação a respeito dos outros estupradores”, disse o pastor Das.
O inspetor Shikder disse ao pastor Das que a polícia já havia detido Shakil preventivamente para interrogação e obteve pouca informação.
“Todavia, a sentença de acusação ajudará a curar as cicatrizes da minha filha se a justiça for feita”, afirmou o pastor.
Vizinhos chateados
Defendendo o resultado do falso teste inicial de DNA, o chefe do Departamento Forense, Akhteruzzaman Talukder, do Hospital de Mymensingh, disse ao Compass que ele não encontrou nenhum ferimento de estupro em grupo ou traço de atividade sexual forçada.
A filha do pastor Das “deve ter tido um romance com alguém no vilarejo”, disse Talukder. “Seu amante deve ter ficado escondido por seus amigos. Quando os familiares souberem do incidente, eles imaginaram que era um estupro em grupo.”
O pastor Das e moradores muçulmanos ficaram extremamente chateados com o primeiro resultado forense. Em seguida, as roupas de sua filha foram testadas no Laboratório Nacional Forense de Perfil de DNA do Hospital de Dhaka.
Seus vizinhos muçulmanos consideram o teste de DNA positivo como uma esperança de julgamento apropriado. O pastor Das reconheceu sua gratidão a alguns de seus vizinhos que lhe deram suporte moral durante aquele tempo.
“Não posso expressar minha gratidão em palavras para alguns dos meus vizinhos muçulmanos no vilarejo que me deram coragem e suporte moral para prosseguir quando recebi o resultado falso do exame forense”, disse ele.
Quando o pastor Das foi à polícia para prestar queixa, ficou relutante em registrar o caso. “Os policiais me disseram que era um caso falso e um drama ‘forjado’. Eles falaram com minha filha em linguagem obscena e demonstraram interesse lascivo nos detalhes do incidente, ao invés de ficharem o caso rapidamente”, contou o pastor Das.
O Relatório Internacional de Liberdade Religiosa 2008, do Departamento de Estado Norte-americano, lançado em 19 de setembro, aponta que os oficiais do governo de Bangladesh, “incluindo a polícia, foram, frequentemente, ineficazes para defender a lei e ordem e, muitas vezes foram lentos para socorrer as vítimas minoritárias de abuso religioso e sexual.”
No dia do suposto estupro, a Comissão Americana de Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) anunciou recomendações de países a serem designados como “Países de Particular Específica”, mas não incluiu Bangladesh.
Antes, a Comissão havia colocado Bangladesh em sua “Lista de Vigilância” devido à natureza e ao aumento de violações da liberdade religiosa aceitas ou toleradas pelo governo. Outros países na Lista de Vigilância são Afeganistão, Belarus, Cuba, Egito, Indonésia e Nigéria.
De acordo com a USCIRF, o radicalismo e violência islâmicos, a ameaça e a contínua discriminação contra os membros de comunidades minoritárias religiosas continuam preocupando em Bangladesh.
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