Em abril de 2003, um grupo ilegal armado condenou uma igreja a ser queimada e ameaçou matar qualquer um que continuasse a liderar reuniões evangelísticas. Então, as pessoas começaram a fugir. Até mesmo alguns pastores evangélicos arrumaram suas malas e partiram para sempre. O padre católico da cidade decidiu tirar férias.

Luis* não tinha ouvido a ordem do chefe do grupo armado: "Todos os pastores devem morrer!". Ele somente sabia que a igreja poderia desaparecer a qualquer momento, juntamente com suas poucas posses.

Com seu coração partido, ele disse a Deus: "Senhor, guarde nossas coisas. Você sabe que isto é tudo que temos. Não os deixe queimar nossa propriedade". Estas palavras, das quais Luis mais tarde descreveu como uma reclamação a Deus, saiu como um sussurro: "Eu não quero partir!".

Ele sentiu a necessidade urgente de orar durante toda a noite. Ele sentiu uma forte convicção de que algo estava por acontecer no dia seguinte. Seria alguma coisa boa ou ruim? Tudo que Luis sabia era que ele precisava obedecer à ordem de Deus de interceder em oração.

No dia seguinte, o grupo armado chegou na cidade distribuindo temor e apreensão. "Esta igreja - e quem sabe quantas outras mais - será destruída hoje!", murmuraram as pessoas da vila.

Contudo, o chefe afirmou em voz alta: "Nós queremos lhes informar que nós não queimaremos sua igreja. Vocês podem continuar com suas reuniões, mas não leve nossos jovens guerrilheiros de nós".

Apesar do aviso, os membros do grupo armado vieram no meio da noite ouvir a respeito do Evangelho. Um deles recebeu uma Bíblia enviada por Portas Abertas e aceitou a Jesus. Nada mais se soube dele.

Da mesma forma, um soldado armado, ao estar ansioso em ouvir sobre Cristo e receber uma Bíblia, foi procurar o pastor. Após sua conversa, o pastor começou a embrulhar uma Bíblia para ele: "Levo-a sem embrulhar", afirmou o soldado. "Eu não tenho vergonha de carregar uma Bíblia".

Três meses mais tarde, o jovem retornou à cidade e testificou ao pastor sobre sua nova vida em Cristo.