O presidente norte-americano afirmou nesta terça-feira, 07 de abril, que muitas vezes se vê “aquém” de Jesus, mas frisou que ora para ser capaz de viver de acordo com o exemplo deixado pelo Filho de Deus e amar aqueles que são marginalizados e perseguidos.
A afirmação foi feita durante o Café da Manhã Anual de Oração da Páscoa na Casa Branca. Esse foi a sexta edição que Obama participou, e o presidente aproveitou para lamentar a morte de Gardner C. Taylor, um pregador e líder cristão dos Estados Unidos vinculado à luta pelos direitos civis, que faleceu no último domingo, 05 de abril, aos 96 anos.
“Qualquer um que teve o privilégio de ouvi-lo falar sabe o poder que ele tinha. Ele era um herói dos direitos civis. Ele era um amigo do doutor [Martin Luther] King, que usou seus sermões fascinantes para difundir o Evangelho nos corações das pessoas de mentes abertas”, afirmou Obama. “Ele ensinou e orientou inúmeros jovens ministros. Assim como nós lamentar sua ausência hoje, nós também se consolar sabendo que ele deixa um legado de vida e que ele está em um lugar melhor”, acrescentou.
Em seu discurso, o presidente fez uma reflexão sobre a Páscoa, e disse que não era um pregador, e portanto, não poderia dizer nada aos pastores presentes que eles já não soubessem, mas ressaltou que a celebração da ressurreição de Jesus “coloca nossas preocupações terrenas em perspectiva”.
Obama continuou: “Com humildade e com admiração, damos graças ao extraordinário sacrifício de Jesus Cristo, nosso Salvador. Nós refletimos sobre a dor brutal que Ele sofreu, o desprezo que Ele absorveu, os pecados que ele suportou, este extraordinário dom de Salvação que Ele nos deu. E nós tentamos, da melhor forma possível, compreender a escuridão que Ele suportou para que possamos receber a luz de Deus. E, no entanto, assim como nós lidamos com a enormidade do sacrifício de Jesus, na Páscoa não podemos perder de vista o fato de que a história não terminou na sexta-feira. A história se manteve em curso. No domingo, vem a ressurreição gloriosa de nosso Salvador”, pontuou, de acordo com informações do Christian Today.
Ele disse ainda que o dom da misericórdia de Deus fez com que os cristãos fossem chamados a “serem melhores, a amar mais profundamente, para servir” o menor dentre todos “como uma expressão do amor de Cristo aqui na Terra”.
Falando sobre o papa Francisco, Obama disse que esse tema tem sido uma base de seu pontificado, e que está ansioso para recebê-lo nos Estados Unidos: “Eu quero citá-lo. Ele diz que devemos nos esforçar para ver o Senhor em todas as pessoas excluídas que sentem sede, fome, que estão nuas, para ver o Senhor presente mesmo em aqueles que perderam sua fé, que estão presos, doentes, desempregados, perseguidos; Ver o Senhor no leproso – se no corpo ou alma – que se depara com a discriminação. Não é assim que Jesus viveu? Não é assim que Ele amava, abraçando aqueles que eram diferentes? Servindo os marginalizados? Humilhando-se? Este é o exemplo que nós somos chamados a seguir”, frisou.
Em sua conclusão, Obama destacou que “como cristão, eu devo amar”, e acrescentou: “Eu tenho que dizer que, por vezes, quando ouço sobre a diminuição das expressões de amor dos cristãos, eu fico preocupado. Mas isso é assunto para outro dia. Onde há injustiça defendemos os oprimidos. Em caso de desacordo, nós tratamos uns aos outros com compaixão e respeito. Em caso de divergências, encontramos força em nossa humanidade comum, sabendo que todos somos filhos de Deus. Então, hoje, nós celebramos a magnífica glória de nosso Salvador ressuscitado. Oro para que possamos viver de acordo com o seu exemplo. Oro para que eu viva Seu exemplo. Tenho estado aquém muitas vezes. A cada dia eu tento fazer melhor. Eu oro para que sejamos fortalecidos pelo Seu amor eterno, para que sejamos dignos de Suas muitas bênçãos”, concluiu.
Israel
Barack Obama afirmou recentemente que se permitisse o enfraquecimento de Israel seu governo ficaria marcado negativamente e ele consideraria isso um fracasso.
Ele e as autoridades israelenses divergem sobre o acordo nuclear assinado pelo Irã e também sobre a criação de um Estado palestino, mas o presidente norte-americano ressaltou a importância da parceria entre os dois países, que são aliados políticos há décadas.
“Eu consideraria isso um fracasso da minha parte, um grande fracasso da minha presidência, se, como consequência do trabalho que eu tenho feito, Israel se tornasse mais vulnerável”, disse Obama ao The New York Times. “Eu acho que seria um erro moral”, acrescentou.
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