Desde 2014, quando forças russas invadiram a Ucrânia e iniciaram uma crise diplomática entre os dois países, a vida é tensa na fronteira. Registros recentes indicam que soldados de grupos rebeldes estão invadindo e fechando as igrejas evangélicas.

A Forum 18, organização norueguesa de direitos humanos, revela que os rebeldes exigem o “recadastramento” das organizações religiosas na região, mas não aprovam o pedido de muitas delas. Historicamente, a maioria da população russa e ucraniana é ortodoxa.

As igrejas batistas e adventistas do Sétimo Dia, por exemplo, conseguiram fazer seu registro, mas tiveram de suspender todas as suas atividades para impedir que os templos fossem invadidos.

Há dezenas de registros de igrejas evangélicas sendo invadidas por soldados rebeldes armados. O pastor da Igreja Batista de Krasny Luch deverá ser julgado por realizar cultos sem autorização.

As igrejas católicas também precisaram pedir novos registros, mas não receberam uma resposta oficial e permanecem fechadas. Os Testemunhas de Jeová da Ucrânia reclamam que foi estendido a eles a proibição de sua existência vigente na Rússia.

Lei marcial

No último domingo, 12 oficiais entraram na Igreja Batista do Avivamento durante a celebração e mandarem os 25 fiéis voltarem para suas casas. O pastor Dmitry Sirbu conta que os invasores arrombarem o cofre da igreja, saqueando-o.

Dois meses atrás, a Igreja Pentecostal da Graça de Deus, em Alchevsk, teve o culto interrompido. Os que estavam no local tiveram de ficar deitados de bruços no chão, enquanto os soldados levavam embora os computadores da igreja.

O departamento de Luhansk, na fronteira entre Ucrânia e Rússia, está sob controle de rebeldes. As invasões a locais religiosos são justificadas por um decreto de maio de 2015, que passou a proibir eventos que reúnem grandes grupos. A lei marcial é uma tentativa de controlar as atividades do povo. Com informações Christian Post