Na última quarta-feira (26), logo após as comemorações do Natal, soldados armados da etnia fulani atacaram a cidade de Rawuru, na região de Barkin Ladi, Estado de Plateau, Nigéria. Sete cristãos foram mortos.
Não é a primeira vez que cristãos são surpreendidos com ataques violentos e mortais. A vila sofreu outra invasão em junho, quando 230 cristãos foram assassinados pelos radicais islâmicos.
O porta-voz da polícia estadual, Tyopeeve Terna, disse que as vítimas estavam voltando para casa, de noite, quando foram emboscadas. “A coordenação desses ataques deixam claro que não se trata de um pequeno confronto local. Vimos um crime bem planejado, com a intenção de matar o maior número de pessoas possível”, disse um dos representantes da International Christian Concern (ICC).
Governo nega que haja perseguição religiosa
Por outro lado, o governo nigeriano insiste que episódios como esse estão relacionados ao conflito étnico entre agricultores e pastores de gado. Para as autoridades é mais conveniente que a mídia internacional não tenha acesso à realidade da perseguição aos cristãos naquele país.
Especialistas alertam que, se o governo nigeriano não acabar com esse tipo de conflito em breve, poderá acontecer uma guerra civil. Terna prometeu que a polícia vai se empenhar em encontrar os assassinos e levá-los à justiça.
Enquanto isso, o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, está se preparando para as eleições de fevereiro. Ele tem sido duramente criticado por líderes cristãos atuantes no país, por falhar em proteger os cidadãos e enfrentar os militantes fulani.
Denúncias feitas por pastores
O pastor Dacholom Datiri, presidente da Igreja de Cristo na Nigéria, revelou que entregou um relatório a Buhari em novembro, destacando o massacre de 646 cristãos no estado de Plateau, entre março e outubro.
“A devastação em termos de massacre de vidas e destruição de propriedades é inimaginável. Milhares de pastores e membros das igrejas foram mortos a sangue frio, abatidos como animais ou queimados até a morte. Casas, empresas e fazendas de cristãos foram queimadas, saqueadas ou destruídas”, contou Datiri.
O pastor também observou que há muitas evidências de que os ataques, como testemunham as vítimas sobreviventes, acontecem com a cumplicidade dos militares. “Eles estão sendo contratados pelas milícias da etnia fulani”, acrescentou.
“Estamos desapontados porque o governo não cumpriu com sua responsabilidade constitucional de proteger vidas e propriedades”, lamentou.
De acordo com as estimativas da ICC, 1.700 pessoas foram mortas só em 2018 pelas mãos desses radicais. Esse número é três vezes maior que as mortes causadas pelo grupo terrorista Boko Haram, que vem matando cristãos e civis desde 2009.
Pastores locais garantiram que os 1.700 são apenas uma amostra da carnificina causada pelos fulanis e que milhares de cristãos já foram massacrados e mortos, mas não constam nos registros.
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