Há um ano centenas de meninas, a maioria cristãs, está sob poder dos extremistas islâmicos do Boko Haram, na Nigéria. O sequestro, que completou um ano ontem, aparentemente está longe de acabar.
As autoridades do país não têm maiores informações sobre a localização das meninas, e o novo presidente eleito do país acredita que o resgate é uma operação complicada, sem garantias.
“Quero assegurar a todos, especialmente aos pais, que quando meu governo tomar posse no final de maio faremos o possível para derrotar o Boko Haram. Atuaremos de forma distinta do governo anterior. A nova maneira de fazer as coisas deve começar com a honestidade. Não sabemos se podemos resgatar as meninas de Chibok e também não sabemos onde elas estão. Não posso prometer que vamos encontrá-las, mas sim que meu governo fará o possível para devolvê-las às suas famílias”, afirmou o novo presidente, Goodluck Jonathan, que é muçulmano.
Jonathan advertiu os terroristas do Boko Haram, dizendo que o grupo conhecerá “toda a força de nossa vontade coletiva e o compromisso de erradicar o terror desta nação”.
À época do sequestro, o líder dos terroristas, Abubakar Shekau declarou que as meninas que não eram muçulmanas foram obrigadas a se converter ao islamismo e tinham sido dadas como esposas a combatentes do Boko Haram.
De acordo com a Anistia Internacional, mulheres e adolescentes que foram sequestradas em outras ações na Nigéria e posteriormente resgatadas, revelaram que eram mantidas em condições sub-humanas e eram obrigadas a casar, cozinhar e limpar os alojamentos dos extremistas.
A Missão Portas Abertas enviou uma equipe de missionários ao país para tentar obter maiores informações sobre o caso, e de certa forma, tentar auxiliar. Os relatos são de que a maioria das mais de 270 meninas sequestradas continua em poder dos extremistas.
Segundo informações do Brasil Post, aproximadamente 50 conseguiram fugir do domínio do Boko Haram, e relataram que as que continuam em cativeiro são submetidas a abusos sexuais diários e casamentos forçados.
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