Os insurgentes do grupo Al Shabaab pretendem impor uma versão rígida da lei islâmica (sharia) na Somália, e têm coordenado ataques contra cristãos e outros alvos no vizinho Quênia

Um menino de 8 anos morreu após um ataque à bomba realizado contra uma igreja no Quênia, suspeita-se que os extremistas islâmicos do Al Shabaab sejam os responsáveis pelo ato terrorista. O ataque também matou uma mulher na hora e feriu outras 30 pessoas.

O ministro de Segurança Interna do Quênia, George Saitoti, disse que os extremistas islâmicos da milícia rebelde do Al Shabaab são os suspeitos de realizar a explosão, embora o grupo ainda não tenha assumido a responsabilidade pelo ataque.

O governo, que iniciou suas operações militares contra o Al Shabaab na Somália no ano passado, em outubro, emitiu recentemente um aviso de um possível ataque do grupo radical durante as celebrações da Páscoa no Quênia nesse fim de semana.

Os nomes do menino e da mulher mortos após o ataque não foram divulgados.

Os cristãos que vivem nas áreas costeiras do Quênia estavam tomados de medo após o ataque, de acordo com uma testemunha. O encontro, que foi organizado pela Sociedade de Pastores de Mtwapa, reuniu 500 cristãos de 16 denominações diferentes. “Alguém dentro de um veículo lançou uma granada em direção ao templo, onde o pastor estava pregando. O reverendo Daniel Mwendwa estava ministrando juntamente com um grupo de cantores no momento do ataque”, disse uma testemunha.

“O que nós como igreja notamos, é que estes ataques e movimentos parecem ser uma guerra religiosa feita contra os cristãos”, disse outro pastor que pediu para permanecer anônimo por motivos de segurança.

“Por que só os cristãos são os afetados e não encontro um muçulmano afetado, o que tem acontecido durante esse tempo?”, disse um cristão. “No domingo, nós, cristãos, não podemos continuar nossas reuniões, mas os muçulmanos podem. Como eles podem continuar cultuando quando sabem que um terrível ataque aconteceu próximo ao local de culto onde se reúnem?”.

Esse atentado é mais um em meio à onda de sequestros e ataques que têm acontecido na região e em outros lugares, que no ano passado levou o Exército do Quênia a atacar alvos da milicia Al Shabaab na Somália.