Embora o tema seja ignorado nas Nações Unidas, o governo britânico lançou um relatório sobre a perseguição de cristãos em todo o mundo em resposta à onda de ataques contra os fiéis. O Ministro das Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt, explicou que o objetivo era mapear os ataques contra os cristãos no Oriente Médio, Ásia e África.

Agora, os dados serão analisados e o Reino Unido irá propor medidas de apoio a estas comunidades perseguidas.
O ministro destacou que há um “aumento dramático” nos ataques, afetando 215 milhões de cristãos com diferentes tipo de perseguição somente em 2018.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, mulheres e crianças foram as principais vítimas dessa discriminação e, em alguns casos, sofreram violência sexual. “Nós podemos e devemos fazer mais por eles”, destacou Hunt.

As autoridades britânicas destacam que, no ano passado, uma média de 250 cristãos foram mortos todos os meses por causa de sua fé.

“A perseguição dos cristãos é frequentemente um sinal explícito e alarmante de perseguição de minorias”, disse Hunt, que reconheceu que “podemos e devemos fazer mais”. Uma versão final do relatório será apresentado em abril e as ações, formalizadas.

Em meados de 2017, o governo de EUA havia realizado um levantamento similar e Donald Trump anunciou que iria tomar providências. No mês passado, Trump assinou um projeto de lei que vai ajudar as vítimas do genocídio cometido pelo Estado Islâmico. A iniciativa animou líderes religiosos e ativistas de direitos humanos.

O projeto intitulado por “Lei de Socorro e Responsabilidade do Genocídio no Iraque e na Síria” prevê o envio de dinheiro para reconstrução de cidades devastadas e oferecimento de cuidados médicos. A medida deve impulsionar os esforços para ajudar os cristãos e outras minorias religiosas que foram vitimadas através dos crimes cometidos pelo grupo extremista islâmico nesses países.