Um dos líderes do grupo terrorista Al-Qaeda acusa, num vídeo lançado na Internet, o soberano saudita de renunciar ao islã por ter participado num encontro inter-religioso.
Abu Yahia A-Libi, um dos terroristas que escapou de uma prisão americana no Afeganistão, fez um apelo à morte do Rei Abdullah devido ao seu papel de promotor da Conferência Inter-religiosa de Madrid que ocorreu no início do mês ( leia mais)
Nessa conferência, que reuniu representantes das cinco principais religiões do mundo, cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e budismo, o monarca pediu aos presentes para se juntar a ele para alcançar a reconciliação e rejeitar as forças do “fanatismo religioso”.
A posição do rei é importante tendo em conta que a família real saudita foi sempre defensora da vertente salafita, ou wahabita, do islã, a mesma abraçada por Osama Bin Laden e a Al-Qaeda.
Para além disto, o rei da Arábia Saudita assume, pelo seu papel de guardião dos lugares sagrados de Meca e Medina, um grande peso no seio do islã.
As relações entre os terroristas inspirados por Bin Laden e a família real saudita azedaram há muito tempo, devido à boa relação entre estes e os Estados Unidos. O país já foi vítima de atentados no passado. Esta nova atitude de Abdullah apenas piorou uma imagem já negativa que os militantes da Al-Qaeda têm dele e da sua dinastia.
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