Sua majestade, o rei Abdullah, da Jordânia, apelou, na quinta-feira (2), aos seguidores das três religiões monoteístas para confrontar o extremismo através da "exploração dos valores que nos unem, em vez de exagerar nos desentendimentos que nos separam".
Reconhecer essas associações é a chave para confrontar o extremismo em suas múltiplas formas", declarou o rei Abdullah durante uma palestra no Café da Manhã de Oração Nacional em Washington, D.C.
O rei Abdullah contou à audiência de 3 mil pessoas que as três religiões - islamismo, cristianismo e judaísmo - têm pontos importantes de consenso, começando com a crença em um só Deus. Além disso, para ele, as três religiões exigem humildade e força em seus seguidores, requerendo que eles vivam de forma consciente, para fazer uma diferença positiva e para honrar e amar suas famílias. Ele chamou o extremismo de um movimento político sob uma máscara religiosa, cujos seguidores não querem nada além de nos jogar uns contra os ouros, negando tudo o que temos em comum. Ele condenou duramente os atos de intolerância.
Recebemos com horror e desgosto o recente bombardeio de igrejas cristãs no Iraque, rompendo com 1.400 anos de tradição de amizade entre cristãos e muçulmanos e o respeito mútuo entre os árabes do Levante, ele disse, acrescentando que a profanação desnecessária e a injúria às sensibilidades islâmicas - como as últimas charges com o profeta Maomé - também são condenáveis.
Por iniciativa do rei Abdullah, o café da manhã reuniu alunos de escolas locais que conheceram o rei e sua esposa, rainha Rania, em setembro passado, quando o diálogo inter-religioso começou. Os alunos eram da escola de Ensino Médio Banneker, em Colúmbia; da Academia Hebraica Berman, de Washington; e da Academia Saudita Islâmica, de Alexandria, Estado da Virgínia.
Em 2 de fevereiro, o rei Abdullah se juntou ao senador Norm Coleman no café da manhã, onde ele fez breves observações e pediu aos participantes para se unirem em oração pelo Oriente Médio, para que "mais nenhuma geração cresça conhecendo conflitos ou injustiça, que nenhuma família perca um ente querido para uma guerra e bitterness, e que, todos juntos - muçulmanos, cristãos e judeus - possamos criar um novo futuro para a Terra Santa.
Em uma reunião separada com figuras religiosas norte-americanas, o rei Abdullah discutiu sua mensagem de paz e coexistência entre todas as religiões.
Na Jordânia, um país muçulmano, o cristianismo é um componente importante da história religiosa do país. A comunidade cristã na Jordânia é uma das mais antigas do mundo e continua a desempenhar um papel significativo na sociedade jordaniana contemporânea.
O rei Abdullah falou ainda sobre os esforços da Jordânia para combater o extremismo, incluído a disseminação da Mensagem de Amman, em 2004, e a reunião da Conferência Islâmica Internacional, em julho de 2005. Ele acrescentou que a Jordânia está instituindo reformas na educação religiosa para reafirmar o islamismo moderado tradicional e para enfatizar os ensinamentos que compartilha com o cristianismo e o judaísmo.
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