O Egito continua a deportar refugiados eritreus que buscaram asilo no país, entre eles, cristãos que fogem da perseguição religiosa, apesar de ter afirmado que permitiria a visita de representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), segundo o grupo de advocacia Christian Solidarity Worldwide (CSW).
No domingo, 15 de junho, o Ministério de Relações Exteriores do Egito "expressou sua prontidão em permitir visitas da Acnur aos eritreus presos em Hurghada e Aswan.
"Porém, por volta das 22h, forças de segurança foram até a 1ª delegacia de polícia de Hurghada, onde estavam sendo mantidos 130 refugiados e os retiraram de lá para um local desconhecido", disse a CSW.
“Vinte homens que inicialmente ficaram atrás do posto policial foram violentamente forçados a voltar para Massawa, na Eritréia, no dia 16 de junho.
Uns 110 detentos, incluindo 30 mulheres, foram retirados da prisão "de uma maneira extremamente forte", disse a CSW. "Cada um foi preso com as mãos para trás e conduzido por um oficial a um veículo e levado a um destino desconhecido.”
Quase 700 dos 1600 eritreus detidos em prisões e delegacias egípcias foram forçados a voltarem para o seu país de origem. Há uma preocupação especial com os cristãos e desertores do Exército, que devem enfrentar duras condições de prisão, tortura e em alguns casos, execução.
Aproximadamente 2000 cristãos estão presos na Eritréia por “adoração ilegal”. Os que conseguiram deixar o país buscaram asilo no Egito, Líbia e Somália.
Comunidade internacional deve pressionar
“Eu estou profundamente chocada com o tratamento a esses refugiados inocentes e à falta aparente de pressão por parte da comunidade internacional”, disse Elsa Chyrum, diretora da ONG Preocupação com os Direitos Humanos da Eritréia, em uma declaração.
"Essas pessoas foram tratadas como criminosas quando tudo o que fizeram foi buscar um lugar de segurança no Egito. Pior ainda, haverá sérias conseqüências agora para os que já foram devolvidos ao seu país de origem.”
O diretor da CSW, Stuart Windsor, disse que as deportações contínuas constituem uma violação fundamental ao direito internacional no Egito. "O destino desses refugiados vulneráveis em busca de asilo é uma questão séria e a comunidade internacional não tem posto pressão suficiente para assegurar que eles recebam proteção.
Ao devolver os refugiados a um país onde é provável que eles enfrentem maus tratos severos e até a morte, o Egito infringiu o princípio legal internacional do não-repatriamento. Em 1981 o país assinou a Convenção das Nações Unidas relativa à questão dos refugiados e o Protocolo das Nações Unidas relativo ao estado de refugiados ( relembre o alerta).
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