Não há registros na história de um culto que durasse tanto tempo. Desde 26 de outubro a Igreja Bethel, em Haia, Holanda, tem serviços religiosos contínuos. Pastores e músicos se revezam para dar continuidade ao que acabou se tornando recorde e, ao mesmo tempo, uma manifestação política.
Os hinos, orações e pregações falam sobre fé em Deus e esperança, mas também são um protesto contra a extradição de uma família de cinco migrantes da Armênia que vive há oito anos nos Países Baixos. Quando tiveram seu pedido de refúgio negado pelo governo, pediram ajuda ao pastor da igreja reformada que frequentavam.
De acordo com as leis holandesas, a polícia não pode interromper um serviço religioso para fazer uma prisão. Sabendo disso, os líderes da Bethel decidiram realizar um culto sem data para acabar, o que impede que as autoridades da imigração entrem no templo e prendam os refugiados da família Tamrazyan.
O que era uma decisão extrema de um pequeno grupo de ministros locais tornou-se um movimento nacional, atraindo mais de 550 ministros de cerca de 20 denominações religiosas para se revezarem na Bethel.
“Estamos pondo em prática o que pregamos”, afirmou a pastora Jessa van der Vaart, responsável pelo turno das 20 às 23 horas.
Temem ser mortos
Além do culto ininterrupto, 24 horas por dia, a igreja holandesa proporciona assistência psicológica à família, além de aulas para os filhos, que não podem mais frequentar a escola, inclusive a universidade. Os pastores já disseram que vão continuar os serviços indefinidamente. Dias atrás, um funcionário do governo explicou que isso não alterou a decisão do governo de extraditar os cinco.
A família Tamrazyan – os pais e seus três filhos, Haryarpi, de 21 anos, Warduhi, 19, e Seyran, 15 – fugiu da Armênia em 2010, por causa de perseguição política. O pastor Derk Stegeman, principal organizador do culto e que atua como porta-voz da família, diz que os três filhos residem há mais de cinco anos no país e teriam direito a anistia, de acordo com a legislação em vigor desde 2013.
Contudo, o Ministério da Justiça e da Segurança holandês entende que os filhos só terão direito à anistia se estiverem dispostos a cooperar com os esforços oficiais para deportá-los do país. A opção da família é continuar dentro da igreja, pois temem por suas vidas caso voltem para a Armênia.
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