Na República Centro-Africana, uma tribo de pastores islâmicos conhecidos como Fulani, famosos por ser o povo nômade mais antigo do mundo, têm mantido cativo um grupo de cristãos, em sua própria cidade, onde são explorados em suas próprias plantações e proibidos de circularem além de dois quilômetros. Eles plantam e colhem somente para o sustento dos Fulani.
Aqueles que se aventuraram a voltar para suas casas já destruídas, em busca de alimento, foram mortos. Eles vivem o desespero da fome. Alguns enviaram suas esposas em busca de comida e lenha, mas muitas delas foram estupradas por homens armados. Segundo relatos, algumas sofreram a violência sexual por até 7 estupradores de uma só vez. O efeito disso sobre os casamentos tem sido devastador. Segundo o prefeito Omer Youmoina, de Bangassou, no leste da República Centro-Africana, próximo à fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), a cidade foi invadida em março de 2013.
O grupo de radicais, conhecido por Seleka, derrotou o exército nacional. Os rebeldes passaram a assediar a população com a ajuda de muçulmanos locais. Youmoina elogia a coragem de um grupo de pastores que decidiu enfrentar Seleka: "Eles marcharam para o acampamento inimigo e questionaram se os rebeldes estavam lutando uma jihad (guerra santa) ou uma guerra política. Se a guerra era política, então por que eles tinham como alvo os cristãos?"
Na ocasião, o líder dos rebeldes prometeu parar de assediar as pessoas, mas infelizmente, naquela mesma noite, um dos membros do Seleka foi até a casa de um dos pastores, e estuprou algumas mulheres que estavam lá. Muitos cristãos foram mortos, empresas foram saqueadas, casas e igrejas foram destruídas, conforme os relatos do prefeito. Depois disso, Youmoina permaneceu por dois meses na RDC, mas decidiu voltar para Bangassou com seus 12 filhos. Até o momento em que deu estes relatos, ele foi a única autoridade que decidiu retornar.
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