A jornalista Rachel Scheherazade saiu em defesa da postura adotada pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de vetar qualquer discussão sobre a legalização do aborto no Brasil.
Cunha, eleito presidente da Câmara dos Deputados, é evangélico, assim como a jornalista da rádio Jovem Pan. Para Scheherazade, a postura do parlamentar é coerente com a legislação em vigor no Brasil e com a postura do Estado brasileiro, que é signatário de tratados em defesa da vida.
“Para Eduardo Cunha, a legalização do aborto não é a agenda do país. Ao repudiar qualquer proposta de lei que ponha em xeque o direito à vida, o presidente da Câmara está resguardando o interesse maior da sociedade. 79% por cento dos brasileiros são contra a legalização do aborto, segundo dados do IBOPE”, opinou Rachel Scheherazade.
A postura de Eduardo Cunha sobre o aborto já era conhecida desde antes sua eleição para a presidência da Câmara, porém o parlamentar frisou que não colocará o assunto em discussão no plenário durante seu mandato à frente da Casa por uma questão de princípios: “Sou radical […] Aborto eu não vou pautar [para votação] nem que a vaca tussa […] Projetos sobre esse tema só vão passar por cima do meu cadáver.”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo.
Scheherazade acrescentou, em seu comentário, que a tentativa de legalizar o aborto é uma desvalorização da vida, que não pode ter seu início mensurado por nenhuma classe profissional ou ideológica.
“Apesar de ser uma garantia explícita e inviolável, o direito à vida é constantemente questionado por feministas e militantes pró-aborto. Eles tentam relativizar o mais essencial dos direitos para encontrar uma brecha e tentar legalizar a prática criminosa, além das exceções previstas em lei. Os abortistas alegam que o artigo 5º é omisso, pois não define exatamente quando começa a vida. Mas, quem poderia precisar esse momento? As feministas? Os juristas? Os religiosos? Os cientistas? Que ciência seria capaz de definir com precisão o começo desse milagre? E se milagre, por que não recorrer à metafisica para tentar entender a gênese da vida?”, questionou.
Ouça no player abaixo o comentário de Rachel Scheherazade na rádio Jovem Pan, onde ela passou a trabalhar após o episódio da censura imposta aos seus editoriais no SBT Brasil. Apesar de continuar trabalhando na emissora paulista e à frente do telejornal, a direção de jornalismo do SBT optou por limitar seu espaço de opinião.
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