Você pode imaginar o que acontece quando cristãs paquistanesas dizem “não” ao abuso? No mês passado, três jovens cristãs foram perseguidas e atacadas por homens muçulmanos, em Lahore, a cidade mais populosa e desenvolvida da província do Punjab, pertencente ao Paquistão. Infelizmente, uma delas morreu durante o ataque. De acordo com os relatórios da Portas Abertas: “Perto da meia-noite, as três jovens estavam a caminho de casa, depois de uma longa jornada de trabalho, em um salão de beleza, localizado numa área nobre da região. Nessa época, conhecida como a “temporada dos casamentos”, é comum que o número de clientes aumente bastante, daí surge a oportunidade de mais trabalho para as paquistanesas”.
O relatório diz que as garotas, Kiran, Shamroza e Sumbal, caminhavam em direção a Baowala, onde viviam, quando um carro parou e alguns homens bêbados foram até as meninas. “É comum, na temporada de inverno, ver pessoas bêbadas dirigindo após as festas, tarde da noite. Acontecem muitos acidentes, inclusive. Como na república islâmica, o álcool é proibido, eles aproveitam para beber nas comemorações”, explica um dos analistas de perseguição. “Nesse caso, em específico, os jovens pararam e ofereceram carona para elas, deixando claro suas intenções. As meninas explicaram que eram cristãs e que pertenciam a Jesus e que nada do que eles estavam dizendo as convenceriam. Mas suas declarações de fé fizeram despertar a ira neles, então foram muito violentos e disseram que garotas cristãs jamais escapariam deles, pois tinham obrigação de satisfazê-los”, explica nosso contato.
As garotas correram e tentaram se esconder, mas não havia um lugar seguro. “Shamroza e Sumbal foram jogadas para fora da estrada e tiveram seus quadris e costelas quebradas. Kiran não suportou o impacto e morreu com múltiplas fraturas no crânio, além de uma hemorragia interna muito grave”, diz o analista. Os relatórios explicam que há um grande número de paquistaneses de classe alta que consideram os cristãos como pessoas sem honra e acham que eles nasceram para servi-los. “Quando as famílias das vítimas clamam por justiça, a polícia local não dá a devida atenção e sempre se mostram relutantes. “A comunidade acredita que os policiais são subornados para agirem assim, os processos estão sempre atrasados, não há investigação e, normalmente, ninguém é preso. Raramente há testemunhas, por que elas são ameaçadas”.
As meninas oram a Deus pedindo por justiça e reclamam que a lei está sempre contra os cristãos. No Paquistão também há um equívoco muito comum de que as mulheres cristãs são como as mulheres ocidentais que não possuem um conceito de santidade sobre o casamento. “Eles acham que as cristãs são como estas mulheres, por isso, nos tratam com tanto desrespeito. O que fizemos quando eles vieram nos atacar, foi nos defender e dizer que somos honradas, por que somos de Cristo e que jamais entraríamos no carro deles. Infelizmente, perdemos nossa amiga, mas sabemos que agora ela descansa no Senhor”, finaliza uma das vítimas. Ore por elas e por todos os cristãos paquistaneses.
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