Algumas lideranças evangélicas tem se manifestado a favor dos movimentos sociais que iniciaram protestos contra a corrupção e outras mazelas nos últimos dias, porém a adesão das igrejas ainda não é maciça.
Observando esse posicionamento, o reverendo Carlos C. Fernandes publicou em seu blog Cristianismo Subversivo um artigo em que critica a inércia, afirmando ser essa postura contraditória com a história do protestantismo.
“Que vergonha! Fomos adestrados pelo sistema. Vendidos ao capital. Transformados em lubrificante das engrenagens políticas. Somos qualquer coisa, menos protestantes. Nem sei se somos realmente cristãos. Em vez de subversivos, tornamo-nos subservientes. Afinal, dizem os porta-vozes da ‘ordem’, temos que nos submeter às autoridades”, lamentou.
Fernandes reclama das lideranças evangélicas que não incentivam as manifestações ou que se posicionam contra: “Se dependesse desses ‘protestantes’, os discípulos de Jesus jamais seriam conhecidos como ‘aqueles que subvertem o mundo’; Jesus nunca teria ‘vandalizado’ o templo em Jerusalém, derrubando mesas, soltando os bichos engaiolados, e tudo isso, munido de chicote; Lutero jamais teria ‘vandalizado’ o castelo de Wittemberg com suas 95 teses, insurgindo-se contra a autoridade papal; William Wilberforce nunca teria desafiado o regime escravagista inglês, provocando um efeito dominó que culminaria na libertação dos escravos nos Estados Unidos, no Brasil e no resto do mundo; Dietrich Bonhoeffer não teria desafiado o nazismo (ou Hitler não era uma autoridade?)”, diz, citando eventos históricos promovidos por protestantes.
“A ausência da igreja cristã nos protestos, o silêncio de sua liderança, ou mesmo, as duras críticas que alguns têm feito ao movimento, causam-me profunda tristeza”, resumiu o reverendo.
Outro que comentou as ações populares foi o pastor Ariovaldo Ramos, que contextualizou o clamor erguido pelos manifestantes: “O povo brasileiro está nas ruas. O povo não quer ficar à deriva do poder, quer direcionar o poder. O governo, como o fez a Presidenta, tem de admitir: o bem comum está sendo mal administrado. O Estado tem de se abrir para o controle social. Como? Isso tem de ser buscado. Uma forma deve haver. O povo está certo: quem tem de estabelecer as prioridades é a população. E mais, quem tem de ter controle sobre os gastos é a população, tudo tem de passar por controle social”, afirmou.
Para Ramos, Dilma Rousseff tem nas mãos a tarefa de conduzir o país rumo às mudanças necessárias para que a sociedade seja menos desigual: “Se a Presidenta souber ler este mover popular, saberá que, agora, é a hora de fazer todas as reformas que todos sabemos que precisam ser feitas: política, tributária, jurídica, partidária, eleitoral. O movimento não é contra alguém, o movimento é a favor do Brasil. Não pode mais haver espaço para a corrupção, para a exploração, para que o bem seja de poucos, em detrimento da maioria”, conceituou.
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