Fazendeiro acusado de mandar matar missionária foi absolvido em novo júri.
Segundo Edson Cardoso, a decisão do júri contraria as provas dos autos.
O promotor de justiça Edson Cardoso de Souza, que atua no caso Dorothy Stang , protocolou nesta quinta-feira (8), na 2ª Vara Penal, um recurso de apelação para um novo julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida. Acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, o fazendeiro foi absolvido no júri realizado na na terça-feira (6).
Em um primeiro julgamento, Bida havia sido condenado a 30 anos de prisão, mas teve direito a um novo julgamento porque foi condenado a mais de 20 anos.
Segundo Cardoso, a decisão do júri contraria as provas dos autos. No mesmo documento, ele pede vistas dos autos para apresentar as razões da apelação.
O promotor deverá protocolar ainda, nesta sexta-feira (9), pedido abertura de procedimento administrativo junto ao Sistema Penal para verificar em que condições foram produzidas um vídeo utilizado durante o julgamento.
No vídeo, Amair Feijoli da Cunha, o Tato, nega que o fazendeiro tenha mandado matar a missionária. Tato teria sido o intermediário do crime e foi condenado a 27 anos de prisão, mas foi beneficiado com a redução de um terço da sentença, devido ao recurso de delação premiada.
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