A perseguição religiosa aos cristãos acontece de várias formas e em todo mundo, principalmente, por sua fé nos relatos bíblicos, mas também pela capacidade que alguns adquirem de argumentar questões sociais, científicas de modo geral, contrariando os interesses de uma geração que tem aprendido a impor suas vontades e visão de mundo, não através do diálogo franco e intelectualmente honesto, mas pela força política, econômica e institucional. Esse parece ter sido o caso de um estudante americano, que após discordar de um professor muçulmano sobre a crucificação de Jesus, foi expulso da faculdade.
Evidentemente, o motivo alegado para a expulsão de Marshall Polston, de 20 anos, do campus da faculdade Rollins College, na Flórida, não foi apenas seu posicionamento discordante em sala de aula, mas o clima criado em torno do caso, que chegou a ser considerado uma “ameaça”.
De acordo com a alegação, as “ações de Marshall constituíram uma ameaça de perturbação nas operações do Colégio e comprometem a segurança e o bem-estar dos membros da comunidade do Colégio e de si mesmo”, diz o documento, segundo publicação do site The College Fix.
O motivo: Marshall Polston discordou do professor muçulmano
Duas questões foram o estopim do caso. Primeiro, a alegação do professor de “Humanidades do Oriente Médio” de que Jesus Cristo não teria sido crucificado e que seus discípulos não acreditavam que ele era Deus. O aluno Marshall, no entanto, discordou:
“Seja religioso ou não, acredito que mesmo aqueles com conhecimento limitado do cristianismo podem concordar que de acordo com o texto bíblico, Jesus foi crucificado e seus seguidores creram que Ele era divino. Que Ele era Deus. Independentemente, afirmar o contrário como fato acadêmico não é apoiado pela evidência”, disse o jovem.
Marshall certamente foi modesto em sua afirmação, pois segundo Josh McDowell, autor das obras “Evidências que Exigem um Veredito”, a vida, crucificação e ressurreição de Jesus Cristo é testemunhada não “só” pela Bíblia, mas por diversas fontes extra-bíblicas, de modo que seria possível reconstituir todo o Novo Testamento apenas por essas fontes, caso não tivéssemos disponíveis nenhuma das suas cópias.
Todavia, outro fator também deve ter motivado a ira do professor contra o jovem cristão. A matéria conta que outro dia, o professor Zufari conduziu uma discussão sobre a aplicação da lei muçulmana da “Sharia”. Segundo Marshall, durante esta discussão um estudante muçulmano disse que os gays e adúlteros deveriam ser decapitados em acordo com essa lei:
“Falei com o professor sobre a gravidade do comentário da decapitação feita pelo aluno. A declaração do estudante muçulmano causou medo em alguns alunos, tanto que isso foi relatado ao FBI”, disse Marshall. Após isso, o professor postou em sua página no Facebook, a declaração de que havia um estudante:
“…fazendo a minha vida um inferno neste semestre. Ele está vomitando ódio em mim e na classe. Ele ainda me enviou um e-mail de ódio me ameaçando. Eu quero saber se há uma maneira de manter o indivíduo responsável por seu assédio e discurso de ódio. Alguma ideia? Obrigado!”, escreveu ele.
Violação à democracia e liberdade de pensamento
Marchal disse que a faculdade deveria ser um lugar onde a liberdade de pensamento deveria ser preservada, mas que isso não está sendo respeitado:
“Nossa universidade deve ser um lugar onde temos liberdade de expressão e que possamos expressar nossas opiniões sem punição ou medo de retaliação. No meu caso, foi o oposto. Eu tomei a frente desse discurso porque eu sei que tantos outros alunos como eu sofremos sob a elite acadêmica liberal de hoje”, disse ele ao The College Fix.
Por fim, a reportagem tentou entrar em contato com a faculdade e com o professor, mas não obtiveram sucesso. Marshall recebeu instruções para não pisar no campus ou ter qualquer contato com o professor muçulmano e seu caso está sendo investigado pelas autoridades locais, muito embora já esteja sendo retratado como mais um exemplo de intolerância religiosa contra cristãos em plena América do Norte.
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