O Ministério Público Federal em São Paulo e a AGU (Advocacia Geral da União) ajuizaram nesta terça-feira uma ação civil pública por atos de improbidade administrativa contra a Fundação Renascer e o bispo da Igreja Renascer, deputado estadual José Antonio Bruno (DEM).
Na ação, a Procuradoria pede que ambos sejam condenados a devolver R$ 1.923.173,95 recebidos do governo federal, em 2003 e 2004, para implementar dois convênios de alfabetização de jovens e adultos do programa Brasil Alfabetizado.
Além disso, o Ministério Público e a AGU pedem que a Justiça conceda liminar para indisponibilizar os bens do deputado e da fundação, que está sob intervenção judicial desde ação movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
Ao final do processo, distribuído à 20ª Vara Federal Cível, além da devolução dos valores, os autores da ação pedem que o bispo seja condenado à perda do mandato de deputado estadual.
Segundo a Procuradoria, as investigações concluíram que a Fundação Renascer –que deveria ter alfabetizado 23 mil pessoas–, à época presidida pelo bispo, não prestou contas adequadamente sobre como gastou os recursos dos convênios.
Para o procurador da República Sergio Gardenghi Suiama e os advogados da União Gustavo Henrique Pinheiro de Amorim, Dennys Casellato Hossne e Carolina Yumi de Souza, a falta de recibos, notas fiscais e a recusa de Bruno em atender aos órgãos de fiscalização demonstram que eles cometeram improbidade administrativa.
A fundação informou que só vai comentar o assunto depois que for notificada pela Justiça.
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