O dono do veículo usado pelos criminosos na tentativa de assalto que resultou na morte da professora de Religião, Vitória Lúcia Marques Kurrik, 55 anos, domingo, em Botafogo, foi preso como suspeito.
O motoboy Magno de Oliveira de Paiva chegou a registrar o roubo do seu Tempra, na 12ª Delegacia de Polícia (Copacabana), dizendo também ser vítima dos assaltantes, mas uma testemunha o reconheceu como um dos integrantes do bando. A juíza do plantão judiciário, Regina Tereza Varges Rezende, decretou a prisão temporária dele por 30 dias.
A professora estava em carro com o padre Franklin Luiz Franciscatto, 41 anos, que não obedeceu à ordem dos bandidos de parar e acelerou o Santana Quantum. A polícia descobriu que pelo menos quatro criminosos precisaram trocar de carro quando o pneu do Tempra furou na praia de Botafogo, próximo à rua da Passagem, por volta das 20h40.
Em depoimento na 12ª DP, Magno contou que foi abordado por um homem armado com pistola às 21h10, depois de deixar a namorada em casa, na avenida Princesa Isabel, perto da avenida Nossa Senhora de Copacabana. Ele contou que saiu do carro e três assaltantes fugiram com o veículo. No entanto, a polícia constatou que o Tempra foi abandonado em Botafogo por volta das 20h40, pouco antes do tiroteio.
Os outros criminosos já estariam identificados. Segundo a polícia, eles são da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. O Tempra teria sido comprado por um traficante conhecido como Mexicano, um dos gerentes do morro Dona Marta, em Botafogo. Ele é braço-direito do chefe do tráfico da Tabajaras, o Merenda. Há informações de que familiares de Mexicano circulavam no Tempra de Magno.
“Não foi arrastão ou falsa blitz. Tudo aconteceu por causa do Tempra, que furou o pneu. Eles precisavam fugir, mas o padre não parou. Foi um fato isolado, mas em um bairro com os melhores colégios e principais representações diplomáticas. Isso abre um precedente grave”, afirmou o delegado.
Magno também deve ser indiciado por falsa comunicação de crime. No Tempra, a polícia encontrou um carregador de AR-15 e balas de fuzil calibre 7.65.
O crime
O circuito de câmeras de um centro empresarial flagrou os roubos e o momento em que o bando tentou interceptar o carro do padre. As cenas mostram os homens fortemente armados e o padre quase atropelando um dos assaltantes. Mesmo baleado, o religioso dirigiu por cerca de 150 m, até bater em um poste. O incêndio no veículo pode ter sido provocado por tiros que atingiram o tanque de gasolina ou a parte elétrica.
Os assaltantes seguiram no Peugeot pelo Aterro do Flamengo, em direção ao centro. O pneu novamente furou e policiais militares viram a faísca da roda em atrito com o asfalto. Ao se aproximarem, os quatro homens com fuzis abriram fogo. Houve troca de tiros, o Peugeot foi abandonado e os criminosos atravessaram a pista e roubaram um táxi Marea.
Um dos mistérios que a polícia tem para desvendar sobre os ataques em Botafogo diz respeito a qual seria o verdadeiro alvo dos bandidos, caso o pneu do Tempra, carro que estava com documentação regular, não tivesse furado. A polícia investiga a informação de que um 'bonde' poderia ter saído da Ladeira dos Tabajaras para uma suposta tentativa de invasão à Cruzada São Sebastião.
Cerca de 200 pessoas foram ontem ao Cemitério São João Batista, em Botafogo, se despedir da professora. Apaixonada pelo Botafogo, Vitória foi enterrada com a camisa e a bandeira do clube. “A vida dela era a igreja e o Botafogo, por isso fizemos questão de vesti-la com a camisa do clube e colocar a bandeira no caixão”, contou sua irmã, a secretária Vera Lúcia de Araújo, 54 anos.
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