Segundo analistas, a Turquia se voltou contra os protestantes norte-americanos. Os cidadãos turcos estão sendo influenciados a perseguirem os crentes dos Estados Unidos em uma tentativa de repressão pós-golpe.
O presidente Erdogan fez com que cristãos americanos se tornassem alvo de retaliação por conta de uma recusa da Casa Branca de cumprir as exigências da Turquia e extraditar o clérigo Fethullah Gülen. O pregador que tem suas bases na Pensilvânia era um ex-aliado, mas o presidente turco o culpou pelo fracasso da revolta, em julho.
Erdogan desencadeou uma reação contra seus adversários em resposta ao golpe, usando isso como forma de prender dezenas de milhares de cidadãos turcos e demitir vários trabalhadores do setor público. Agora os pesquisadores alertaram que seu foco se voltou para os cristãos americanos.
"As igrejas protestantes ou cristãs são vistas como uma influência americana, e agora que a Turquia é anti-americana, eles estão sendo um alvo cada vez maior", disse Aykan Erdemir, membro sênior da Fundação de Defesa das Democracias e ex-membro do parlamento turco.
Erdemir disse isso depois que o pastor americano que morava na Turquia há anos, Ryan Keating, foi detido no aeroporto de Istambul enquanto tentava voltar depois de uma curta viagem fora do país.
Disseram para Keating que ele nunca mais poderia voltar. Nenhuma razão foi dada e não havia nenhuma evidência. Ele foi detido em uma cela durante a noite, no aeroporto de Istambul e interrogado pela polícia antiterrorista. Então lhe disseram que ele era uma ameaça à segurança nacional e forçado a entrar no próximo avião para fora do país.
"Tratamento típico"
Em uma entrevista para site Christian Today, pouco depois de sua prisão em outubro, Keating disse que esse tipo de tratamento em relação aos cristãos na Turquia era "típico".
Ao fazer um PhD em filosofia da religião na Universidade de Ankara, Keating organizou o Ministério de Refugiados de Ankara, que fornece alimento, abrigo e vestuário a 6 mil famílias refugiadas. Além de ajudar no pastoreio da Kurtulus Church, uma das maiores igrejas evangélicas da Turquia, o Ministério de Refugiados de Ankara também oferecia aulas de Inglês e formação profissional para cerca de 2,7 milhões de refugiados.
"Houve um tempo em que a Turquia dava maior liberdade às minorias religiosas, mas há outros incidentes de discriminação arbitrária e este é um deles. Não há nenhuma evidência ou justificação para a razão pela qual eu fui proibido. Eu sei que eu não fiz nada ilegal na Turquia. Temos muito cuidado para obedecer as leis. Nós não fizemos nada para ameaçar ou fazer dano à Turquia de qualquer forma”, explicou.
"Não houve nenhuma investigação, nenhuma evidência, apenas uma proibição arbitrária e fazer isso é ameaçar a segurança nacional”, ressaltou. A Constituição da Turquia é tecnicamente secular, mas 99% da população é muçulmana. Os direitos das minorias são severamente limitados, de acordo com o relatório de liberdade religiosa do Departamento de Estado dos EUA.
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