No dia da visita do presidente chinês Hu Jintao à Casa Branca (20 de abril), a Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês) denunciou novas e ainda mais violentas perseguições contra os cristãos protestantes chineses. A CAA é uma organização não-governamental norte-americana que monitora a perseguição religiosa na China. Observadores da CAA disseram que a polícia invadiu um encontro de pastores protestantes em Yunnan em 23 de março.
A CAA relatou: "Às 9h30 da manhã de 23 de março, mais de 120 oficiais de segurança de 5 diferentes agências do governo invadiram uma conferência que acontecia no subúrbio da cidade de Kunming, capital da província de Yunnan. Sete líderes evangélicos estrangeiros estavam presentes ao encontro - cinco norte-americanos e dois provenientes de Taiwan, que foram abordados pela polícia e interrogados sem que houvesse motivos para isso".
O relato continua: "Mais de 80 líderes de igrejas domésticas de 20 províncias, representando 25 grupos minoritários chineses, compareceram ao encontro. Os cinco norte-americanos lideram igrejas em Greensboro, Carolina do Norte. Dos cinco, três eram americanos-chineses. Uma vez que eles ainda estão na China, seus nomes não foram divulgados por razões de segurança".
A CAA disse que é "certo" que a invasão "foi diretamente orquestrada pelo diretor do Gabinete de Segurança Pública de Yunnan, e executada em conjunto pelos oficiais da própria província, da Segurança Nacional, do Gabinete de Assuntos Estrangeiros, da Agência de Assuntos Religiosos e oficiais da Polícia Militar. Testemunhas disseram que o interrogatório foi muito duro e que os policiais se recusaram a mostrar sua identificação".
Os pastores estrangeiros foram acusados de "infiltração religiosa ilegal" e seus colegas chineses foram submetidos a "torturas desumanas" durante o interrogatório - inclusive ingestão forçada de drogas e outros métodos abusivos - para fornecerem uma "confissão de culpa".
"Desarmonia religiosa"
De acordo com informações da CAA, "a perseguição contra igrejas não-oficiais na China tem se intensificado. De fevereiro a dezembro de 2005 houve pelo menos 1.317 prisões confirmadas de pastores, líderes e membros de igrejas não-registradas em mais de 20 províncias na China. Nesse período, 17 missionários estrangeiros, incluindo 11 norte-americanos, foram presos, em 10 províncias, e, depois, interrogados e expulsos definitivamente do país".
O reverendo Cao Shenjie, presidente Conselho Cristão da China (organização protestante controlada pelo governo), conta uma história diferente. Em entrevista à imprensa em 19 de abril ele afirmou: "Alguns cristãos são presos porque violam a lei. Nunca ouvi falar de casos em que cristãos são presos por causa de sua fé". Shenjie acrescentou: "Não penso que exista algo como 'igrejas clandestinas'. Certamente há alguns cristãos que congregam em casas, mas não chamamos de igrejas clandestinas. De acordo com minha experiência, somos livres para realizar cultos em igrejas e não temos atividades em lugares públicos por não queremos causar desarmonia religiosa".
Pequim permite a prática do cristianismo protestante apenas dentro do Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), criado em 1950, depois que Mao expulsou os missionários estrangeiros e líderes de igreja, inclusive os chineses.
Estatísticas oficiais revelam que há 10 milhões de protestantes na China, todos pertencentes ao MPTA. Os protestantes que se reúnem em "igrejas domésticas" estimam que esse número seja de 50 milhões.
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