Esta é a segunda parte do artigo intitulado Evangelização na África, escrito por Tom Pfeiffer para a Reuters. Leia aqui a primeira parte.
Segundo Amin, todos os anos centenas de cristãos marroquinos reúnem-se em Sale, perto da capital Rabat, para celebrar o natal, mas o encontro é uma exceção à regra, os cristãos locais adoram sozinhos e em segredo.
As comunidades cristãs existiram no norte africano até o século oito quando árabes vindos do leste islamizaram a região. As tentativas de recristianizar a área falharam. O francês Charles de Foucault, que tentou estabelecer uma comunidade cristã no deserto argelino, marcou essa fase, sendo assassinado após tentar converter os nativos Tuareg em 1916. Os colonizadores franceses construíram igrejas impressionantes em Casablanca, Rabat, Algiers e Tunis, para simbolizar sua “missão imperial civilizadora”, mas as congregações dispersaram após a independência.
O governo do Marrocos diz que pratica a tolerância religiosa, mas a presença cristã é controlada. A Catedral de São Pedro em Rabat não toca seus sinos e os fiéis são todos estrangeiros. Se cristãos marroquinos adorassem ali, correriam o risco de ser presos. O arcebispo Vincent Landel disse a Reuters que não pode batizar convertidos marroquinos porque é contra a lei.
Fora das cidades, a presença visível de cristãos está limitada a pequenas comunidades monásticas católicas que levam ajuda médica e de projetos socioeconômicos aos necessitados, mas sem fazer proselitismo.
Caminho único para o céu
A constituição da Argélia, local de nascimento de Santo Agostinho, um berbere, permite a liberdade de pensamento, mas uma lei sancionada em 2006 regula rigidamente como as religiões podem ser praticadas e proíbe as tentativas de se converter muçulmanos.
“Nós não deveríamos matar uns aos outros em nome da religião”, disse o ministro de assuntos religiosos da Argélia, Bouabdellah Ghlamallah. “Os americanos e franceses vêm para cá e espalham idéias contrárias à unidade nacional – isto é que é perigoso.”
Uma comunidade cristã localizada na região de Kabylie emprega 70 mulheres que fazem roupas cerimoniais da cultura berbere e busca criar um relacionamento entre as duas religiões. A Irmã Elizabeth Herkommer, que dirige o projeto, disse a Reuters: “Estamos no serviço em nome da beleza, que é uma qualidade de Deus, e isso é também mencionado no Alcorão”. Mas missionários como Tyler têm uma linha de pensamento mais radical: “Se há somente um caminho para o céu, é minha responsabilidade mostrá-lo. Se você tivesse a cura da AIDS, não a compartilharia com as pessoas?”.
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