O corpo do pregador da Igreja Sul da Índia, Prem Kumar, de 67 anos, foi encontrado na quinta-feira, 8 de junho, em uma mata no distrito de Nizamabad, no Estado de Andhra Pradesh.
O crânio de Prem foi esmagado, aparentemente com pedras pesadas, dificultando o reconhecimento, segundo relato do Conselho Global de Cristãos Indianos (GCIC, sigla em inglês).
O subinspetor da delegacia de Kotagir disse que o corpo foi identificado com base na descrição das roupas que o pregador usava.
De acordo com reportagens veiculadas na mídia local, um jovem se aproximou de Prem Kumar, na manhã de quinta-feira, pedindo que o pregador realizasse um culto na vila de Rampur Thanda, naquele mesmo dia. Mesmo desconfiado, Prem concordou e pediu a seu filho Sunil Kumar para ligar a cada 30 minutos para o telefone celular.
Quando Prem chegou ao local do encontro, havia estranhos esperando por ele. Prem ligou para Sunil e, mais uma vez, que pediu que o filho ligasse com freqüência.
O celular de Prem parou de funcionar por volta das 11 horas da manhã. Mais tarde, seu corpo foi encontrado em uma mata nas proximidades de Rampur Thanda.
Extremistas suspeitos
Mahesh Chandra Laddha, superintendente de polícia em Nizamabad, disse ao Compass que o motivo do assassinato de Prem Kumar foi uma rivalidade pessoal. "Definitivamente não existe ligação com questões religiosas", ele insistiu.
O superintendente disse que Prem era um dos acusados em caso de homicídio e que os parentes da vítima podiam estar por trás do assassinato. Ele também alegou que, há algum tempo, o filho de Prem se envolveu em um seqüestro, e que depois que a mulher foi libertada ela o havia ameaçado.
O filho de Prem, entretanto, disse que seu pai não tinha inimigos, e que suspeita do envolvimento de extremistas hindus no caso. Ele também afirmou que é capaz de identificar a pessoa que convidou seu pai para realizar um culto em Rampur Thanda.
Os grupos cristãos GCIC e AICC disseram que o envolvimento de extremistas hindus não podia ser descartado. Incidentes similares aconteceram em Andhra Pradesh nos últimos seis anos, e as tensões religiosas no Estado estão em alta.
Assassinatos de maio de 2005
Os pastores K. Isaac Raju e K. Daniel foram brutalmente assassinados perto da capital, Hyderabad, em maio do ano passado.
Desconhecidos ligaram para os dois pastores antes que eles desaparecessem, pedindo que eles realizassem cerimônias de casamento. Isaac Raju foi encontrar-se com o autor do telefonema no distrito de Anantpur, em 24 de maio de 2005, e desapareceu. Em 2 de junho a polícia recebeu um telefonema anônimo descrevendo o local onde estava o corpo do pastor.
Em 21 de maio, um jinriquixá (tipo de veículo puxado por homens e utilizado no transporte de pessoas) motorizado transportou o pastor K. Daniel até um cemitério em Karwan, onde ele foi brutalmente espancado e depois estrangulado. Seu corpo foi jogado na periferia da cidade.
Uma carta anônima enviada a um jornal local informava que os assassinatos foram executados por uma organização chamada Fórum Anticristão. A carta prometia mais mortes.
Um artigo publicado no jornal "New Indian Express", de 27 de junho de 2005, citou um homem identificado apenas como Goverdhan, que junto com dois amigos teria matado os dois pastores. "Eu não sou contra o cristianismo, mas Isaac Raju e K. Daniel converteram centenas de famílias hindus", disse Goverdhan. "Eles atraíram as pessoas com dinheiro. Fizemos isso para prevenir outras conversões. Isso deve servir como lição para outros."
Assassinato de setembro de 2000
O pastor Yesu Dasu, 52, foi morto de modo semelhante no Estado em 2000.
Duas pessoas foram à casa dele na noite de 11 de setembro e perguntaram pelo pastor, dizendo que alguém queria falar com ele.
Os assaltantes levaram Yesu para a periferia de Mustabad, no distrito de Karimnagar. Eles amarraram as mãos do pastor e o atingiram várias vezes com um machado, esquartejando-o.
O corpo de Yesu foi encontrado em uma poça de sangue em um curral próximo de Kothakunta, a três quilômetros de Karimnagar.
Os extremistas tinham avisado Yesu para que interrompesse suas atividades religiosas ou ele enfrentaria as conseqüências.
O Estado de Andhra Pradesh é governado pelo Partido do Congreso, e seu ministro-chefe é o cristão Dr. Y.S. Rajasekhara Reddy. Os extremistas hindus acusam o ministro de dar liberdade de ação aos missionários cristãos no Estado.
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