O YouTube tem um concorrente sério: o GodTube, site de vídeos cristãos que faz sucesso na Internet e já atrai mais de três milhões de visitantes ao mês.
No GodTube não há conteúdo profano, sexual nem violento. O vídeo mais acessado é o de uma menina de cinco anos que recita o Salmo 23 do Antigo Testamento.
Quatro milhões de pessoas já acessaram a imagem, um número que apenas poucos vídeos alcançam no Youtube.
Desde agosto, mês de lançamento oficial do portal, o GodTube se transformou no site que mais cresce nos Estados Unidos, segundo a empresa de consultoria comScore Media Metrix.
Chris Wyatt é o criador e diretor-executivo do portal. Ele afirma que decidiu criar o GodTube após ler previsões pessimistas sobre a queda no número de cristãos praticantes.
“Em outro tipo de indústria, essa informação teria soado os alarmes”, disse Wyatt à imprensa americana. Ele é um ex-produtor de televisão que se converteu ao cristianismo recentemente.
“Aplicamos a tecnologia da internet à palavra de Deus de uma forma que atrai os jovens. (Nós) a chamamos de Jesus 2.0”, afirmou Wyatt.
Ivan León, gerente da divisão hispânica do GodTube, afirmou à Agência Efe que o portal faz sucesso porque se dirige “a um mercado descuidado durante muito tempo”.“Há mais de dois bilhões de cristãos em todo mundo e estas pessoas querem se conectar entre elas”, afirmou León. Ele acrescentou que o boca a boca foi fundamental para popularizar o portal.
Além disso, a firma pretende acrescentar algumas ferramentas como o vídeo blog, e lançar oficialmente o GodCaster, um serviço para transmitir imagens ao vivo a qualquer lugar da rede através do portal.
O GodTube não é o único site disposto a atrair uma nova geração de cristãos que passa cada vez menos tempo na Igreja e mais em frente ao computador.
Há também o MyChurch.org, um site semelhante à rede social Facebook, dirigido aos membros de uma das dez mil igrejas nos Estados Unidos e a Conservapedia.com, uma versão conservadora da enciclopédia Wikipedia.
Mas não foram apenas os cristãos que descobriram a internet. Outras religiões, como a muçulmana também perceberam o poder da rede para se conectar com os mais jovens.
Entre as iniciativas mais conhecidas está o MuslimSpace.com, um portal que oferece vídeos, serviços de redes sociais e buscador para muçulmanos moderados.
O criador, Mohammed El-Fatatry, é um jovem de 22 anos com convicções religiosas e uma ótima visão para negócios.
“Se eu não fosse muçulmano, também ia querer entrar neste mercado. Há 150 milhões de muçulmanos usuários da rede que ainda precisam ser descobertos”, afirmou recentemente à imprensa.
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