Um pastor pode ser enviado para a sua morte na próxima semana, depois que autoridades de imigração rejeitaram seu pedido de asilo. Pip Ashiembi que é do Quênia e agora líder da Igreja Fundação do Amor em Glasgow, a maior cidade da Escócia, será deportado na próxima segunda-feira (5).
Ele vive no Reino Unido desde 2009, mas foi detido na sexta-feira (26) no Centro de Remoção da Casa de Imigração, de acordo com um jornal local.
O pastor pediu asilo há nove meses, depois que ele e sua família enfrentaram violência no Quênia, mas o pedido foi rejeitado. "Eu sinto que minha vida pode estar em perigo", disse ele ao jornal. "Eu sei que o governo vai dizer que o Quênia é um país democrático e que agora está seguro, mas não me sinto assim", ressaltou.
Ele disse que as leis de asilo fizeram com que ele não ficasse no Reino Unido, enquanto esperava a decisão e que por isso teve de ficar no Quênia, durante o processo. "Eu gosto do meu trabalho dentro da igreja e da comunidade de Drumchapel. Eu faço algo que é significativo. Eu tenho 61 anos agora. Por que eu deveria viver meus últimos dias no Quênia?", questionou.
Um membro da igreja, Alex Morton, disse que a congregação ficou chocada com o que tinha acontecido. "Ele é um homem muito extrovertido e sincero. Sua pregação é muito especial. Ele não apenas prega a palavra, mas ele também tem muita experiência com a linguagem e é capaz de contar bem as histórias", disse.
"Ele vai deixar um grande espaço na igreja, ninguém pode substituí-lo", contou o membro ao jornal.
Um porta-voz do Ministério do Interior disse: "Todas as aplicações são consideradas pelos seus méritos individuais e de acordo com as regras de imigração”, finalizou.
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