A polícia secreta invadiu a mesquita Shia na cidade portuária de Turkmenbashy, região do Mar Cáspio, no dia 21 de dezembro de 2004 para interromper a comemoração pela morte do ex-presidente do Azerbaijão de etnia azeri, Heidar Aliev.
Quem informou foi o Centro de Direitos Humanos Memorial, com sede em Moscou no dia 20 de janeiro, citando fontes entre os cidadãos do Turcomenistão que preferiram permanecer no anonimato. Centenas de muçulmanos, que pertenciam à etnia azeri, que é minoria no Turcomenistão, tinham se reunido na mesquita por volta do meio dia com a intenção de compartilhar o sadak (as orações tradicionais e a refeição liderada pelo líder da mesquita), para marcar os sete dias da morte do Aliev, nos Estados Unidos no dia 12 de dezembro.
Oficiais do Ministério de Segurança Nacional, liderado pelo prefeito Muradov, chegaram à mesquita de Shia por cerca 15h, relatou o Memorial. Muradov, ordenou que os muçulmanos fossem para suas residências, ameaçando usar de repressão. O líder da mesquita, temendo a violência da parte das autoridades, implorou aos fiéis que obedecessem as ordens da polícia.
O Memorial citou um participante como declarando que os muçulmanos tinham passado os dias arrecadando dinheiro e comprando o necessário para alimentação. Ele disse que ninguém esperava que eles seriam impedidos pelas autoridades de comemorar a morte de Aliev. O Memorial também acrescentou que com essa atitude da polícia, cada vez mais pessoas do Azerbaijão estão pensando em deixar o Turcomenistão, temendo que possam ser classificadas como pessoas não quistas.
O Forum18 cita que os muçulmanos Shia, que fazem parte da minoria étnica azeri no Turcomenistão e no Irã e estão concentrados principalmente no oeste do país, são tradicionalmente mais devotos do que a etnia dos turcomenos.
O governo tem de fato banido a prática Shia. As mesquitas Shia deixaram de ganhar o registro durante a ronda compulsória do recadastramento no ano de 1997 depois da adoção de leis mais rigorosas e a polícia continua a mesma de 1997. Entretanto, alguns Shias continuam a praticar sua fé desafiando as autoridades.
Por Igor Rotar, Forum18 News Service
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