Eric Pilson não está totalmente certo sobre o que provocou o ataque da polícia à casa de seu amigo na província de Hubei, China. O número de pessoas reunidas na casa - 42 chineses no total - deve ter levantado suspeitas.
Seja qual for a razão, os norte-americanos Eric e Daniel Cohee se acharam apanhados em um ataque na clandestina Igreja do Sul da China no dia 2 de agosto. Enquanto eles estavam lendo suas Bíblias, policiais invadiram o local. Os oficiais empurraram com força os dois seminaristas para o chão, enquanto circulavam pelo resto da casa.
Eric e Daniel iniciam uma nova tendência: crescentes prisões de norte-americanos pegos com cristãos chineses. No dia 15 de agosto, apenas 13 dias depois de as autoridades prenderem os seminaristas em Hubei, oficiais na província de Henan detiveram outros cinco norte-americanos.
De acordo com a China Aid Association (CAA - Associação de Ajuda à China), quatro deles participavam de uma reunião em uma igreja doméstica, enquanto o quinto estava simplesmente andando por uma rua de Yichuan City ao lado de um pastor chinês, quando dois oficiais à paisana os perseguiram e detiveram. Dois dias mais tarde não havia nenhuma informação sobre seus nomes e sobre o local onde eles estavam detidos. No final de fevereiro, as autoridades deportaram oito norte-americanos surpreendidos ensinando líderes de igrejas na província de Heilongjiang.
Por mais de uma ano a China tem aumentados a repressão em igrejas domésticas. Parte da motivação vem de cartas do Partido Comunista para reprimir os "cultos demoníacos". Mas há também uma nova lei sobre a prática religiosa que entrou em vigor em março, a qual pressiona as igrejas domésticas a se registrarem oficialmente junto ao estado ou enfrentar severas represálias legais. Prisões de norte-americanos, entretanto, são incomuns.
"Há uma campanha contra o "culto demoníaco"", explicou o presidente do China Aid, Bob Fu. "Agora eles estão visando especificamente as igrejas. A campanha também parece estar procurando encerrar forças de infiltração estrangeiras". Isso faz dos norte-americanos um alvo primário, pois no pensamento dos policiais chineses, há uma "conspiração ocidental liderada pelos EUA para ocidentalizar e dividir a China", afirmou Bob. "Esse é o medo e a política deles".
Oficiais interrogaram Eric e Daniel: por que eles tinham Bíblias? O que eles estavam fazendo em uma área não-turística? Os dois pediram para chamar a embaixada dos EUA e saber por que eles estavam sendo detidos. Os oficiais não lhes deram reposta.
"Perguntamos-lhes se eles já haviam prendido algum estrangeiro e eles disseram que não", disse Eric. "Perguntamos se eles já tinham visto algum estrangeiro - eles disseram que não... parecia que eles não sabiam o que fazer pelo fato de sermos norte-americanos".
As autoridades locais são cuidadosas em não maltratar cristãos norte-americanos. Eles não estendem a mesma cortesia aos chineses locais. As autoridades de Hubei torturaram muitos dos 42 cristãos detidos, membros da humilhada Igreja do Sul da China.
Por volta do dia 13 de agosto, as autoridades libertaram todos os cristãos de Hubei, exceto por dois - 10 dias antes do esperado. A complacência surpreendente estava provavelmente ligada à primeira visita à China da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA (USCIRF).
A libertação precoce também foi um alívio ansiosamente aguardado pelos cristãos chineses.
A Igreja do Sul da China é a igreja mais duramente perseguida no país, disse Bob Fu. A razão principal, segundo ele, "é a forte ênfase da igreja no evangelismo e na renovação cultural, e claro, a forte liderança".
Depois de ter sua liderança destruída, entretanto, a Igreja do Sul da China recuperou-se: "Fui informado de que atividades maiores em termos de igreja estão de volta ao normal", disse Bob Fu.
A prisão de Eric aconteceu em sua primeira viagem à China. Ele é estudante do Seminário Westminster em Escondido, Califórnia. Daniel estuda no Seminário Teológico Westminster em Dallas. Se a visita deles se transformou em um pesadelo, eles não receberam nenhum seguro quando foram finalmente soltos. A polícia de Hubei se desculpou e disse: "Vocês podem voltar e nós os receberemos com prazer".
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