Os testemunhos ouvidos pelos promotores de Malatya na semana passada chamaram a atenção para o fato de que policiais e militares estavam investigando os cristãos turcos Necati Aydin e Ugur Yuksel, e o cristão alemão, Tilmann Geske, antes do brutal assassinato deles no dia 18 de abril de 2007.
O pesquisador universitário, Ruhi Abat, confirmou aos promotores que ele esteve em contato direto com três militares relacionados em um email de junho de 2007 e que estes oficiais estavam acompanhando as atividades missionárias cristãs em Malatya.
"O relato de Ruhi Abat aumentou as interrogações”, publicou o jornal “Milliyet” no dia 4 de junho, questionando sobre quem instigou o brutal assassinato ocorrido no escritório da Editora Zirve, que deixou sozinhas duas viúvas, cinco crianças e uma noiva.
Ruhi Abat confirmou aos promotores que desde de 2003 estava cooperando com a Polícia de Segurança de Malatya e com o Centro de Operações do Exército para monitorar as atividades missionárias cristãs na província.
“A declaração do pesquisador levantou questões sobre que tipo de investigações a segurança e o Exército estavam fazendo com relação às atividades missionárias, que não são crime,” observou o artigo do “Milliyet”.
O testemunho
Ruhi Abat mencionou o comandante Mehmet Ulger, o major Haydar Yesil e Mehmet Colak como os oficiais do Exército com quem ele teve contato, algumas vezes pessoalmente e outras vezes por telefone.
Os mesmos nomes apareceram na carta de Ali Aslan, que também identificou várias outras figuras da política e do judiciário que ele aponta como envolvidos no plano para assassinar os três cristãos.
“Eu apoiei suas investigações por várias vezes”, disse Ruhi Abat em sua declaração publicada nos jornais “Milliyet” e “Taraf”. “Eles me perguntaram sobre evangelismo, batistas, metodistas, batismo, concílio e vários outros assuntos, e eu lhes dei respostas.”
Porém, de maneira direta o pesquisador negou as alegações na carta de Aslan que o acusavam de conspirar para planejar o ataque mortal juntamente com outros criminosos.
“Nota-se que este acompanhamento minucioso das atividades missionárias estava sendo feito pelo alto comando da província”, ressaltou o jornal “Taraf” na edição de 4 de junho.
“Estas revelações claramente mostram que todas as forças de segurança na Turquia, o Exército e a polícia estavam vigiando intensamente as atividades dos cristãos, e que eles os viam como criminosos”, declarou o líder dos advogados de defesa ,Orhan Kemal Cengiz, ao Compass.
Será que não sabiam do ataque?
“Esta vigilância levanta muitas questões”, disse Orhan Cengiz. “Se eles estavam acompanhando um grupo tão pequeno com tanto cuidado, é quase impossível que eles não soubessem dos grupos ultranacionalistas clandestinos que queriam atacá-los”, disse.
E acrescentou: “É perturbador saber que o general principalestava tratando diretamente do caso. Isso indica que eles seriamente consideravam os cristãos como uma ameaça.”
Identificados anteriormente pelos sobrenomes Polat e Balat, Ruhi Abat é um pesquisador no departamento de Ciências Básicas do Islamismo da Faculdade de Religião da Universidade Inonu,em Malatya. Ele é também um membro do Conselho Provincial do Partido do Movimento Nacionalista (MHP) em Malatya.
Em sua primeira declaração à polícia no ano passado, Ruhi Abat negou qualquer ligação direta com o líder dos agressores, Emre Gunaydin. Porém, os registros de seu telefone celular revelaram 18 chamadas para Gunaydin nas cinco semanas anteriores aos assassinatos ( leia mais).
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