Anunciado pelo presidente Donald Trump como a “solução definitiva” para o conflito entre Israel e os palestinos, o plano de paz dos EUA deve ser apresentado depois das eleições israelense, em 9 de abril. A emissora de TV israelense Reshet 13, divulgou detalhes dos termos desse acordo.
Afirmando ter acesso a documentos confidenciais, o canal 13 assegura que a Autoridade Palestina receberá um território muito maior do que controla atualmente, incluindo uma parte de Jerusalém. O relatório exibido aponta que a cidade seria dividida, com Jerusalém Ocidental e algumas áreas do leste como capital de Israel, e Jerusalém Oriental – incluindo a maioria dos bairros árabes – como capital de um Estado palestino.
Israel manteria a soberania sobre a Cidade Antiga e seus arredores. Mas a porção que compreende o Monte do Templo e o Muro das Lamentações seria “administrado” juntamente com os palestinos, jordanianos e talvez outros países.
Se o relatório sobre os termos do plano forem precisos, a quantidade de terras que compõem o Estado palestino é mais que o dobro das áreas que os palestinos atualmente controlam. As perdas deveriam ser compensadas pelo mecanismo das trocas territoriais. Por outro lado, os israelenses poderiam anexar grandes áreas de assentamento na Cisjordânia e manter os assentamentos isolados sob seu controle sem poder ampliá-los.
Mesmo assim, a expectativa da Casa Branca é que os palestinos rejeitem o plano quando for apresentado, mas que Israel dê uma resposta positiva. Os palestinos, que cortaram relações com os EUA, já anunciaram que rejeitariam qualquer plano que Trump apresentasse.
O enviado especial dos EUA a Israel, Jason Greenblatt, criticou o texto vazado para a imprensa, assegurando que os pontos levantados não são “precisos”.
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