Acusado de envolvimento no esquema de venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras, o senador Magno Malta (PR-ES) foi indiciado nesta sexta-feira pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de ter cometido crime de corrupção. O parlamentar é acusado de receber um Fiat Ducato para apresentar uma emenda ao orçamento com o objetivo de destinar recursos para a compra de ambulâncias que seriam vendidas pelas empresas de Luiz Antônio Trevisan Vedoin, apontado como chefe da máfia dos sanguessugas.
Malta foi investigado também pela CPI dos Sanguessugas, juntamente com outros 70 parlamentares, mas seu nome não apareceu no relatório final da comissão. Ele também foi absolvido no processo por quebra de decoro parlamentar aberto contra ele no Conselho de Ética do Senado.
Promessa
No entendimento da PF, entretanto, não é necessário que o parlamentar tenha beneficiado a empresa para ser responsabilizado pelo suposto crime. Apenas a promessa de apresentar uma emenda ao orçamento, que beneficiaria a Planam, na avaliação dos responsáveis pelo caso, já justificaria o indiciamento do senador.
Na época, o senador Malta argumentou que não recebeu o veículo da Planam, conforme disse Vedoin em depoimento à Justiça do Mato Grosso. Malta disse que o carro lhe foi emprestado pelo deputado Lino Rossi (PP-MT), porque o senador precisava de um veículo grande para transportar integrantes de sua banda gospel.
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