De acordo com dados do Barna Group, 59% da geração Y (pessoas que nasceram entre 1980 e 1990) criados em uma igreja desistiram de continuar frequentando.
O que tem sido encarado como uma “epidemia” por líderes religiosos.
A pesquisa ainda mostra que apenas dois em cada 10 jovens adultos acham importante frequentar a igreja; e mais de 35% adotam uma postura anti-igreja.
Essa geração está optando por sair da igreja por três principais fatores: citam a irrelevância da igreja, a hipocrisia e os fracassos morais de seus líderes; sentem que Deus está faltando na igreja e sentem que ter dúvidas é proibido.
Para entender as justificativas dos chamados “desigrejados”, a CBN News conversou com alguns jovens adultos que cresceram na igreja e saíram desapontados. Kelsey Spadaro acredita que assuntos como sexualidade são barrados nas congregações.
“Os pastores desejam abordar assuntos difíceis, mas em outros momentos também sinto que só estamos tentando entrar em algo que não temos certeza”, acrescentou Austin Fédale, que deixou a igreja por se sentir desconhecido e achar que estava no caminho errado.
O pastor Jeremy Miller, da New Life Church nos Estados Unidos, conseguiu ser um caso de sucesso entre jovens adultos. Ele encontrou equilíbrio entre oferecer o discipulado adequado e abordar assuntos difíceis dentro da igreja.
Miller explica que a igreja não tem o grupo como alvo, mas se concentra em ver as pessoas andarem na plenitude de quem elas são em Deus. Ele acredita que a principal razão pelo sucesso com os jovens é alinhar a busca das pessoas por Jesus com uma relação real e autêntica com os líderes da igreja.
O pastor observa que hoje muitas denominações querem que os jovens façam parte do sistema religioso, mas eles buscam apenas pertencer à uma “família” — uma família que fala sobre as duras verdades, mas também ouve as perspectivas dos outros.
A maioria dos líderes cristãos concorda que não há uma solução fácil para o aumento dos desigrejados, mas acreditam que construir relacionamentos autênticos é um grande começo.
Nic Reynolds, que também deixou a igreja, concorda com essa afirmação: “Eu acredito que há uma fome em nossa geração pelo discipulado, e acho que muito disso vem através da busca pela autenticidade e da busca de ser real”.
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