A intervenção internacional para acabar com a perseguição dos cristãos em Kosovo é um "fracasso completo", de acordo com um ex-diplomata e outros analistas políticos, resumindo o relatório da equipe reunida em Capitol Hill, que aponta a destruição de 150 igrejas e a construção simultânea de 200 mesquitas.
As novas mesquitas são financiadas por "nações wahhabistas", disse o diplomata, elevando o espírito do islamismo radical incubado na porta de entrada da Europa em uma província cheia de armas ilegais e tráfico de narcóticos.
A perseguição religiosa também é parte de uma estratégia política de violência, a qual, se premiada com a concessão da independência a Kosovo, poderia causar movimentos dissidentes igualmente violentos em todos os estados e países vizinhos, segundo avisaram os analistas.
Eventos desdobrados em Kosovo já reverberaram para além da China, a qual agora tem mostrado preocupação aos EUA sobre a possibilidade de tentativas similares de separação na província de Xinjiang, predominantemente muçulmana.
Kosovo, um protetorado internacional administrado pelas Nações Unidas, é parte da Sérvia e Montenegro, mas a autoridade legal da região é da Missão Temporária da ONU em Kosovo.
A província é considerada uma das jóias da herança cristã, servindo como um "Vaticano" da ortodoxia cristã sérvia do século 12º em diante.
Os sérvios, que são predominantemente cristãos ortodoxos, constituem uma minoria, bem como os turcos, romas (ciganos) e eslavos muçulmanos. Cerca de 80% da população do Kosovo é composta de muçulmanos albaneses.
Entre 1999 e 2004, aproximadamente 150 igrejas, monastérios, seminários e residências episcopais foram atacados por bandos de albaneses étnicos.
Numa entrevista à imprensa no Capitol Hill em 11 de agosto, o ex-embaixador da ONU Thomas Patrick Melady pediu por um fortalecimento da presença internacional em Kosovo e a continuidade dessa presença por outros 12 anos.
Referindo-se à destruição de 34 igrejas em março do ano passado, Thomas disse: "Graças a poucos filmes amadores que foram feitos quando os protestos eclodiram, podemos ver como as coisas de desdobraram. Em todas as cenas alguém subia no topo e destruía uma cruz, então pisava nela. Poderiam então atear fogo à igreja".
Durante a apresentação do Congresso, o assistente de pesquisa de Thomas, Ivan Djurovski, apresentou cenas da destruição da Igreja do Apóstolo Santo André em Podujevo.
O vídeo de 17 minutos apresenta multidões de homens com idade entre 15 e 50, espalhando-se calma e metodicamente em torno da igreja, depois de marchar pela cidade.
Após atear fogo à igreja, um dos vândalos entra na torre do sino para tocá-lo, o que arranca aclamações da multidão. Homens escalam o telhado da igreja para derrubar três cruzes, resultando em mais ovações.
"Nessas vilas a igreja é o centro físico e espiritual da cidade", disse Ivan. "Este é o centro de esperança para o povo. É para lá que ele vai para aprender sobre sua fé. Para onde ele pode ir agora"?
Thomas, que visitou recentemente a área, disse que as freiras e monges no monastério histórico em Pec não podem sair para buscar água sem escolta militar, por medo de ser alvejadas por franco-atiradores.
Cerca de 200.000 sérvios fugiram de Kosovo e aqueles que permanecem estão encurralados em enclaves cercados por militares. "Não é uma vida normal. Não há liberdade de ir e vir devido ao medo", disse Thomas. Ivan acrescentou que muitos não podem obter os remédios necessários e que não há ensino médio ou superior nesses locais, resultando em um "esvaziamento de cérebro". Aqueles que tinham posses as venderam e fugiram, enquanto a maioria dos pobres permanece.
Mais de 18.000 queixas legais acusaram albaneses de confisco de igrejas, propriedades privadas e edifícios, de acordo com Ivan. Se a propriedade da igreja permanece como tal ou se é transferida ao governo ainda é um sério problema, ele acrescenta.
Melody R. Divine, conselheiro judiciário e conselheiro de política estrangeira do republicano Trent Franks, que participou da apresentação, disse: "Os albaneses tomaram também áreas inteiras onde os romas viviam".
"O interesse e envolvimento do Congresso será a chave na confirmação de que a comunidade internacional dá um grande valor à proteção e integração das comunidades minoritárias dentro de Kosovo e à preservação dos sítios culturais restantes", disse Melody.
O analista de defesa Frederick Peterson disse que a mídia em todo o globo está ignorando o fato de a Arábia Saudita e outros países inundarem a região economicamente deprimida com dinheiro para pagar por novas mesquitas, já que as igrejas estão sendo destruídas.
"Com o dinheiro vem a influência", disse Frederick a Cybercast News Service. "Eles estão construindo uma infra-estrutura substancialmente ideológica, de tijolo e cimento, lá".
Frederick e Ivan disseram que muitas das novas mesquitas patrocinadas por fundos sauditas e iranianos estão atualmente vazias, mas refletem planos de doutrinar os habitantes com a forma radical do islamismo, o wahhabismo. As novas mesquitas levam placas de agradecimento aos fundos da Arábia Saudita, Irã e dos Emirados Árabes.
"Essa é uma ameaça bastante grave", disse Frederick. "Com um status final mudando da hegemonia Ortodoxa sérvia para, no máximo, uma situação obscura, a linha divisória entre o mundo cristão e o islâmico chega mais perto da União Européia, e corremos o grande risco de tolerar o que não deve ser tolerado, a fim de se ter um pouco de paz na nossa época".
Na guerra contra a expansão de um islamismo radical, Frederick diz que "há três alternativas: se converter, se submeter ou morrer. Mas há uma quarta escolha, que é lutar".
"O que está acontecendo em Kosovo hoje pode ser o futuro da Europa amanhã", ele acrescentou.
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