Em 27 de agosto, um pastor de Nariño, no sul da Colômbia, recebeu ameaças de morte por parte de um grupo armado ilegal, caso não atendesse às suas exigências. No dia 28 de agosto, outro pastor, sua esposa e seus dois filhos foram expulsos de sua casa em Caquetá, no sul da Colômbia, por um grupo paramilitar que se opunha à sua pregação. Os grupos ilegais armados vêm impedindo que o evangelho seja espalhado pelo país.
O pastor de Nariño (seu nome não pode ser revelado por motivos de segurança), recusara-se várias vezes a atender às exigências do grupo armado ou a tirar dinheiro da oferta para sustentar seus interesses subversivos. Ele tentou explicar que a igreja era uma comunidade religiosa que não apóia a luta armada uma vez que sua missão era trazer a paz, e não a guerra.
Em maio, os guerrilheiros “aconselharam” o pastor a não voltar a uma vila nas proximidades onde ele e outros cristãos estavam estabelecendo um grupo de discipulado. Os líderes da guerrilha disseram-no que não queria ver ministros ou missionários evangélicos pregando no local.
Assassinatos e crimes cometidos por grupos extremistas tanto de direita como de esquerda, usados não apenas como ameaça direta, mas também como meio de retaliação em caso de não-cumprimento de exigências, são comuns na Colômbia. Muitas cidades pequenas no sul do país, além de municípios onde as ameaças ocorrem, tornaram-se locais para grupos ilegais armados por causa do grande tráfico de cocaína que existe no local. Essa área é próxima à fronteira com o Equador e não há nenhuma presença militar.
Também no Estado de Nariño, outro pastor, Pedro Valencia, foi expulso do município de Satinga em abril depois dos guerrilheiros darem a ele 24 horas para sair. O pastor Pedro se recusou a dar dinheiro da igreja ao grupo armado. No início de 2007, o pastor da Igreja Unitariana Pentecostal, localizada em El Charco, a algumas horas de Welmambí, município de Nariño, também fora expulso.
Rejeição ao evangelho
No dia 28 de agosto, outro pastor, Ricardo (nome fictício), sua esposa e seus dois filhos que viviam no sul do estado de Caquetá foram expulsos de casa por um grupo paramilitar que via seu testemunho cristão como uma ameaça à estabilidade de seu movimento. Ricardo não apenas denunciou os abusos cometidos pelas guerrilhas, mas também tentou ajudar os moradores das áreas mais pobres do local.
Apesar de ter sido criticado por outros cristãos, Ricardo acredita que sua visão social nada tem a ver com a luta armada promovida pelas guerrilhas latino-americanas; ao contrário, ele deseja ver a inclusão social, de maneira que os pobres também tenham oportunidades. O pastor é muito conhecido na área por suas idéias de um cristianismo social, e algumas pessoas dentro dos grupos paramilitares estão deixando seus cargos e abraçando suas idéias.
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