Após afirmar, em julho de 2010, que iria queimar 200 cópias do Alcorão em sua igreja, na Flórida, no aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro, o pastor Terry Jones voltou a se envolver em polêmica com o livro sagrado islâmico. O pastor ameaçou que vai queimar cópias do Alcorão e imagens do profeta Maomé se o pastor iraniano Yousef Nadarkhani for executado pelas autoridades iranianas.
A ameaça foi publicada pela organização “Stand Up America Now”, liderada e fundada pelo Dr. Terry Jones depois do anúncio feito pelo Centro Americano de Direito e da Justiça de que os tribunais iranianos podem ter emitido uma ordem de execução para Nadarkhani, que está preso desde outubro 2009 acusado de apostasia e tentar evangelizar muçulmanos.
Jones afirma que a queima do Alcorão é uma forma de protesto que “obviamente irá chamar a atenção do Islã”. O pastor é líder da “Stand Up America Now” que afirma ser uma a organização que se concentra em muitas questões sociais, com ênfase especial em levantar ajuda para as minorias cristãs perseguidas em países islâmicos. Ele afirmou ainda que os cristãos “não podem ficar de braços cruzados e não fazerem nada”.
“É um tipo de protesto para mostrar que estamos totalmente enojados com o seu tipo de sharia, com suas atividades. Na verdade, com as atividades do Islã nos últimos 1.400 anos”, acrescentou Jones, que também é pastor da Dove World Outreach Center em Gainesville.
Segundo o The Christian Post alguns líderes cristãos se manifestaram contra Jones, argumentando que os países islâmicos nunca respondem pacificamente às profanações contra o Alcorão. Jordan Sekulow, diretor executivo do Centro Americano de Direito e da Justiça, afirmou que a atitude do pastor “é desnecessária” e “é um abuso de liberdade”.
“Isso mostra uma falta de compreensão de qualquer coisa”, afirmou Sekulow, explicando que ao pensarem que a queima do Alcorão terá um resultado positivo Jones e seus apoiadores estão deixando de reconhecer as complexidades da religião islâmica. Ele afirma ainda que não são apenas os cristãos que sofrem perseguição por parte de radicais muçulmanos, mas também outros muçulmanos, incluindo os sunitas e outros grupos religiosos minoritários.
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