A definição do PSC pela manutenção da indicação do pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) provocou uma manifestação de centenas de pessoas, que foram à Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 12 de março para protestar.
Por volta das 14h00, os manifestantes tentaram promover o protesto no Salão Verde, o principal da Câmara, uma espécie de antessala do plenário, com faixas, cartazes e narizes de palhaço, mas foram impedidos pelos seguranças.
Parte dos manifestantes já havia acompanhado uma reunião de um grupo de deputados da CDHM que decidiu ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a sessão que elegeu Marco Feliciano como presidente da comissão.
“A gente veio aqui para conversar e o que encontramos: as pessoas foram barradas ao serem identificadas como integrantes de movimentos sociais. Estamos lutando pelo nosso direito de conversar dentro dessa casa legislativa”, reclamou a ativista feminista Tatiana Lionço, 36 anos, de acordo com informações do G1.
Para evitar maiores tumultos devido à impossibilidade dos manifestantes em acessar o Salão Verde, os deputados Jean Willys (PSOL-RJ) e Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) negociaram com a liderança dos manifestantes e com o presidente Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e conseguiram a permissão para que o protesto ocorresse no Salão Branco, que fica no subsolo da Câmara.
Nesse momento teve início um “apitaço”, com os ativistas gritando frases como “Até o Papa renunciou. Felliciano, a sua hora já chegou” e “Feliciano, não é só você. Não queremos ninguém do PSC”. Nos cartazes dos manifestantes era possível encontrar frases como “Por Direitos Humanos Fora Feliciano”, “Feliciano Não Me Representa” e “Feliciano é Armadilha de Satanás”.
Xuxa
Em meio aos protestos, o pastor Marco Feliciano definiu os assuntos que seriam tratados hoje na reunião da CDHM e anunciou em seu Twitter que desistiu do processo que moveria contra a apresentadora Xuxa, que o criticou publicamente nas redes sociais e o chamou de “monstro”, baseada na repercussão das frases de Feliciano.
Segundo o pastor, Xuxa “foi injustiçada e caluniada, como ele está sendo agora”, e por isso havia desistido do processo: “Não moverei ação nenhuma contra ela. O tempo mostrará que fui vitima de calúnias. Pois sei que ela é sensata e do bem. Deus a abençoe”, disse, antes de concluir dizendo o motivo que o havia feito pensar no processo: “Nunca em toda minha vida processei alguém. Foi um momento de angústia. Já passou. Vamos em frente! Um abraço a todos”.
Rede Fale
O porta-voz do movimento evangélico que iniciou um manifesto pela saída do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da CDHM, Caio Marçal, disse que continuará a campanha, pois para eles, o pastor não representa os fiéis. “O discurso de ódio na boca de quem se diz discípulo de Jesus é anacrônico. A gente entende que as falas do pastor Marco Feliciano não colaboram para um debate respeitoso e qualificado em torno da questão dos Direitos Humanos”, justificou Marçal, que é secretário de mobilização da Rede Fale, em declaração ao Estadão.
A ideia, segundo Marçal, “é mostrar que existe um outro perfil de evangélico, que luta por um debate qualificado sobre Direitos Humanos no Brasil, que evite os maniqueísmos e os discursos de ódio”.
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