Na última semana o pastor Marco Feliciano, recebeu do presidente da Federação Brasileira de Direitos Humanos (FBDH), Elizeu Rosa, o diploma de defensor de direitos humanos. Porém a diplomação do pastor tem causado polêmica, porque Rosa é investigado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal por estelionato.
A Polícia Federal protocolou, em 2009, uma Ação Civil Pública contra outra entidade também presidida por Rosa, Conselho Federal de Defesa dos Direitos Humanos (CFDDH), acusando de fazer “uso ostensivo de insígnias e outros símbolos oficiais, embora não mantenham qualquer vínculo ou parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos”, segundo informações do jornal O Globo.
Na ação o conselho é acusado de “mediante pagamento, nomeia delegados, conselheiros, comissários e agentes de direitos humanos, investindo-os de fantasiosos poderes de Estado e fornecendo indumentária própria de polícia, como coletes, carteiras funcionais, botons e viaturas”.
– Eles começaram a divulgar um curso pago, em que ao final, concedem um título de delegado. As pessoas se acham no direito de fazer intervenções usando distintivos de delegados dos direitos humanos. Usam coletes com a frase: protegido pelo Decreto 6044. Dão carteirada, sem ter convênio algum com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos – acusa Carvalho, que diz também que a federação é ligada ao segmento evangélico e é conhecida por suas posições conservadoras.
A psicóloga Marisa Lobo saiu em defesa do pastor, publicando em seu Facebook uma nota na qual afirma que “a Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos esclarece em seu site que está registrada no Ministério da Justiça sob o número 08071.001848/2011-95”. A psicóloga diz ainda que, de acordo com o documento, “a partir de agora, o deputado-pastor ‘passa a gozar de todas as prerrogativas inerentes ao cargo’ de defensor dos direitos humanos”.
– Tomando-se a sério o “diploma”, Feliciano agora tem as costas esquentadas pelo Planalto e até, veja você, pela ONU. Tremei, pecadores! – finaliza Marisa Lobo.
Tumulto na Bahia
Marco Feliciano continua sendo alvo de manifestações também fora das sessões da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. No fim da semana Feliciano foi alvo de protestos ao sair da Igreja Batista Avivamento Profético, em Salvador, onde esteve para participar de um culto que integrou o 20° Congresso do Poder Impacto Espírito Santo.
De acordo com o “O Globo”, Feliciano saiu do local tentando esconder a cabeça com seu paletó para não ser reconhecido, com o objetivo de escapar do assédio de manifestantes ligados a grupos homossexuais que protestavam contra ele do lado de fora do templo.
No local, Feliciano era acompanhado pelo deputado estadual e pastor Isidório de Santana (PSB). “Ex-gay”, Santana afirmou que Marco Feliciano estava sendo alvo de perseguição religiosa, e Chamou os manifestantes contrários a Feliciano de “Zé Povinho”, e disse que não seriam abençoados por Deus por aceitarem o “sexo sujo”, como qualificou a relação homossexual.
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