Um cristão convertido, preso há seis semanas no norte do Irã, foi libertado na noite passada e devolvido à sua família.
A família de Ali Kaboli, 51 anos, não quer comentar a razão pela qual esse cristão foi preso, nem sobre a sua libertação no dia 12 de junho, na cidade de Gorgan.
Alguns contatos disseram à agência de notícias Compass que uma fiança pesada foi enviada à corte para a libertação de Kaboli, indicando que poderia haver um caso formal pendente contra ele. Foi dito que Kaboli estava proibido de receber visitas em sua casa e não tinha permissão de viajar a Teerã.
Kaboli foi preso sem esclarecimentos no dia 2 de maio, enquanto estava em sua carpintaria em Gorgan, capital da província de Golestan. Com a exceção de uma ligação para sua família, não lhe deixaram entrar em contato com ninguém.
Kaboli é um ex-muçulmano e se converteu a Cristo em sua adolescência. Ele realizava reuniões de igreja doméstica em sua casa e viajava à região do Mar Cáspio como um evangelista itinerante. Nos últimos anos ele foi ameaçado, preso e interrogado muitas vezes por causa de suas atividades cristãs.
Sob as rígidas leis de apostasia iranianas, Kaboli poderia sofrer pena de morte por se converter, o que aconteceu há 35 anos.
Há alguns anos, as autoridades das províncias no norte do país, na costa do Mar Cáspio, tem-se mostrado particularmente duras em relação ao crescente número de igrejas domésticas, surgindo na região. As autoridades têm prendido os pastores leigos e membros que elas sabem estar envolvidos.
Os governos anunciaram que qualquer pessoa pega realizando essas "reuniões religiosas ilegais" deverá ser levado a juízo imediatamente.
Há quase dois anos, denominações protestantes foram obrigadas a cortar seus laços com quaisquer grupos de igrejas domésticas em todo o país.
Desde então, os líderes de igreja tem sido cruelmente intimidados a se comprometerem com os investigadores do governo, fornecendo os nomes dos membros de suas igrejas, em particular de qualquer que tenha vindo do islamismo.
Desde a eleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, no ano passado, as autoridades iranianas tem pressionado mais o punhado restante de congregações protestantes, que ainda podem se reunir nos templos das igrejas oficiais.
Hamid Pourmand, outro cristão iraniano permanece preso desde setembro de 2004, supostamente acusado de "esconder" sua identidade cristã do exército iraniano. Ele era coronel do exército. Ele foi preso na prisão Evin, em Teerã, e se converteu ao cristianismo mais de 25 anos atrás.
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