A polêmica em torno da “Bíblia Comentada Graça Sobre Graça” ganhou um novo capítulo após o responsável pelo projeto, o pastor homossexual Marvel Souza, reiterar que tinha um contrato assinado com a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) para a publicação do livro.
À época da divulgação da chamada “bíblia gay”, a SBB negou que tivesse envolvimento no projeto e afirmou que o tema “não faz parte de sua linha editorial”.
Agora, Marvel Souza apresentou uma cópia do contrato assinado com a SBB para o lançamento do livro, e acusou “alguns setores da sociedade evangélica brasileira” de pressionarem a direção da SBB para que a cessão de direitos das Escrituras fosse rompida.
Em contato com o Gospel+, Marvel disse que a ”Bíblia Comentada Graça sobre Graça, chamada por alguns sites – inclusive o de vocês – de ‘bíblia gay’ […] poderia ser ‘Bíblia dos Negros’, ou ‘Bíblia das Mulheres’, ou ainda ‘Bíblia das Pessoas com Necessidades Especiais’, já que trato sobre todos estes assunto nesta obra”.
O pastor nega que o livro seja destinado “ao público gay unicamente”, e que a ênfase na homossexualidade é dada pela imprensa: “Entendo que não seria interessante para os portais, jornais, revistas, ou emissoras de rádio e TV, anunciar uma ‘bíblia de todas as cores’, sem que o foco principal da notícia seja os homossexuais”, teorizou.
“Sou homossexual e juntamente com meu esposo atendemos o público LGBT, além do público hétero, na cidade de Taguatinga distrito de Brasília (DF), sei bem o que é ser usado para dar ibope para jornalistas descomprometidos com a verdade dos fatos”, escreveu o pastor, acusando todos os veículos de imprensa que repercutiram a matéria da Veja sobre seu livro e reproduziram nota oficial da SBB sobre o tema, de publicar inverdades.
Reproduzindo parte do discurso de ativistas gays – que demonstram antipatia pelo pensamento cristão -, o pastor Marvel Souza acusou as lideranças evangélicas de incentivarem o ódio aos homossexuais por pregarem que a homossexualidade é pecado, um entendimento que é compartilhado por diversas correntes do cristianismo, como católicos, protestantes e ortodoxos.
“Não me venderei às interpretações ignorantes e infundadas de pessoas tradicionais do cenário horripilante do mundo gospel que temos no Brasil, onde alguns pastores comercializam a fé dos fiéis para manter impérios de mentiras, enriquecimento ilícito, incitação à homofobia, alienação das classes menos favorecidas em termos de conhecimento e acesso à cultura. Na Bíblia teremos sim comentários pró relacionamentos que sejam fundamentados em cumplicidade, respeito, fidelidade, fé e no vínculo maior que é o amor, sejam estes relacionamentos heterossexuais ou homossexuais”, pontuou.
Sobre o contrato com a SBB, Marvel Souza disse que assinou o documento “em março do ano de 2014, após ter pleiteado por dois anos”, e que na “primeira proposta enviada à SBB já mostrava claramente que a Bíblia seria comentada por um pastor homossexual”. O fim do contrato, segundo Marvel, teria sido selado após a repercussão que a nota da revista Veja sobre o livro alcançou: “Representantes de peso [da liderança evangélica] começaram a pressionar os dirigentes da Sociedade Bíblica do Brasil a desfazer o contrato de cessão de direito de texto Bíblico para a publicação da Bíblia Comentada Graça sobre Graça, algo que demandou uma série de reuniões na sede da Sociedade Bíblica do Brasil em Brasília. Para mim é extremamente triste ler em algumas notas lançadas pela Sociedade Bíblica que ela não tem e nunca teve nada com este projeto – envio em anexo cópia do contrato que tivemos, que validou o projeto Bíblia Comentada Graça sobre Graça, depois de ter enviado amostras do trabalho para a banca examinadora, ter tido meu currículo analisado, em um processo que começou em janeiro de 2012 e teve a celebração contratual em 2014. Graças a Deus não temos mais contrato com a SBB e não dependemos dela para a produção de uma Bíblia Comentada”.
Marvel rebateu ainda as informações divulgadas por “alguns sites” de que seu livro faria alterações em trechos da Bíblia Sagrada: “Divulgaram textos bíblicos que segundo eles serão alterados na Bíblia Comentada Graça sobre Graça, estes textos não refletem o trabalho que vem sendo desenvolvido em alto sigilo, de maneira que estas notícias não procedem”. Mais à frente, no entanto, o pastor homossexual confirma que haverá alterações: “Na Bíblia alguns textos serão alterados sim, já que traduções oferecem possibilidades diferentes para a produção de uma versão”.
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